Reforminha eleitoral fatiada
José Lopes Filho, Fundador do Movimento Popular Pró-Moralização no Poder Legislativo (MPMPL)
Tramita na CCJ do Senado uma PEC de reforminha política fatiada, de autoria dos senadores Randolfo Rodrigues (Rede-AP) e Jorge Viana (PT-AC) e que reduz o número de deputados e senadores (Aleluia! Aleluia!) com o propósito de reduzir os gastos no Congresso e colaborar com o Governo em apoio à PEC 55 dos gastos. Como se esperava, essa PEC moralizadora sofre grande resistência, no Congresso, devido ao corporativismo de nossos parlamentares, grande maioria deles suspeitos de corrupção nos processos da Lava Jato.
O Senado, por sua vez, acabou de aprovar, em segundo turno, outra PEC de reforminha eleitoral fatiada, de autoria dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), com o aval do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a qual acaba com o fim das coligações nas eleições proporcionais e cria a cláusula de desempenho para acabar com 26 partidos nanicos, além de outras vantagens e regalias que só interessam aos políticos profissionais deste nosso ultrapassado, podre e corrompido sistema político-eleitoral-partidário. Esqueceram-se, entretanto, de acabar com o voto obrigatório e com os dois suplentes de senador.
A sociedade está cansada de ser explorada por esta máfia de parlamentares, que só aprova reforminhas de política fatiada, por PECS, de seu próprio interesse, sonegando ao povo uma ampla, urgente e verdadeira reforma política por constituinte exclusiva, com a finalidade de moralizar e reestruturar este arcaico sistema político brasileiro.
De olho em 2018, o senador Aécio Neves, FHC e Rodrigo Maia apoiaram a atitude do suíno Geddel e criticaram, duramente, o honesto ex-ministro Calero analisado pelo “O Globo” como o primeiro reportante do bem. É muita sujeira e podridão nesta política nacional, e aguardamos muito mais com as próximas delações premiadas da Odebrecht. Infeliz nação!
O Movimento Popular Pró-Moralização no Poder Legislativo (MPMPL) sugere algumas propostas de reforma política por plebiscito, que, se aceitas pela sociedade, salvo melhor juízo, alcançariam os mesmos objetivos de economia previstos na PEC 55 dos gastos:
1) Reduzir o valor das mordomias e regalias pagas aos servidores dos órgãos públicos dos Três Poderes da União;
2) Obrigatoriedade do cumprimento de um teto salarial do STF (R$ ?) pago aos servidores públicos dos Três Poderes da União, computando-se apenas o valor do subsídio, sem o acréscimo de quaisquer outras vantagens remuneratórias, inclusive aposentadorias e pensões acumuladas;
3) Reajuste salarial, anual, com base no índice da inflação do ano anterior para todos os servidores públicos dos Três Poderes da União;
4) Reduzir em 1/3 o número atual de senadores, deputados federais, estaduais, distritais e de vereadores.