O rock nunca morreu

“O rock que foi produzido no mundo vai sempre existir e será sempre marcado na história da música. Mais do que um gênero, é uma filosofia de vida”


Por Sérgio Lopes, Jornalista, professor, especialista em (TV, Cinema e Mídias Digitais) e em Letras (Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e Inglesa)

02/08/2022 às 07h00

Freddie Mercury e a sua banda Queen, Little Richard, Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones, Ramones, AC/DC, U2, Ozzy Osbourne, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Eric Clapton, Kurt Cobain, Bruce Springsteen, Kiss, Metallica, Guns N’Roses, Aerosmith, The Police, Van Halen, Motorhead, Sex Pistols, Pink Floyd, Scorpions e Led Zeppelin são considerados lendas do rock e transformaram tradições, valores, condutas, atitudes, ações, reações, experiências, hábitos e costumes da população mundial. Bem como produziram canções marcadas por críticas e ironias…

Já nomes nacionais como 14 Bis, Raul Seixas, Secos & Molhados, Os Mutantes, Cazuza, Cássia Eller, Lobão, Lulu Santos, Legião Urbana, Titãs, Ira, Capital Inicial, Barão Vermelho, Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Engenheiros do Hawaii, RPM, Biquini Cavadão, Os Paralamas do Sucesso, Camisa de Vênus, O Rappa, Ratos de Porão, Kid Abelha, Nenhum de Nós, Uns e Outros, Skank, Jota Quest, Cidade Negra, Pato Fu, Raimundos, Charlie Brown Jr. e Tianastácia, entre outros, representaram e ainda representam a voz dos grupos sociais.

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A juventude dos anos 1970, 1980 e 1990 sempre aspirou à liberdade, à democratização, à paz, à inovação… O rock nacional foi responsável pela produção de letras caracterizadas por contestações sociais. Entretanto perdeu espaço para outros estilos, como funk, sertanejo universitário, arrocha, sofrência, pagode, tecnobrega, gospel…

Além disso, o rock mundial também não é mais relevante na indústria cultural. O pop e o hip-hop passaram a dominar as paradas de sucesso e atender às expectativas dos jovens e da indústria fonográfica. Haja vista as indiretas no Facebook, as aparições extravagantes no WhatsApp, a selfie, o exibicionismo, a ostentação, o consumismo, sobretudo da juventude e da sociedade consumidora.

O rock que foi produzido no mundo vai sempre existir e será sempre marcado na história da música. Mais do que um gênero, é uma filosofia de vida. E, certamente, não é uma expressão cultural conservadora. Rock é rebeldia, é inteligência, é pressão, é amor, é letra, é moda, é história, é prazer, é barulho, é atitude. O rock nunca vai morrer.

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