A cidade que temos e a que queremos

“Essa é a cidade que temos com seus gargalos econômicos e sociais. Teve um passado de glórias e um presente cheio de incertezas…”


Por Marcelo Frank, engenheiro Civil com especialização em Gestão Pública

01/06/2021 às 07h00

Juiz de Fora completa 171 anos de sua fundação em maio. Apesar de ser um município do interior de Minas Gerais, possui fortes influências do Rio de Janeiro. Localizando-se na Zona da Mata, a sudeste da capital do estado, distando cerca de 280 quilômetros de Belo Horizonte, recebe pouca atenção das autoridades mineiras. Com uma população de aproximadamente 600 mil habitantes, é o quarto município mais populoso de Minas Gerais e o 36º do Brasil. A cidade faz parte do eixo industrial das cidades próximas à BR-040 e das próximas às BRs 116 e 267.

Outrora, chegou a ser conhecida como a “Manchester Mineira” pelo seu pioneirismo na industrialização, tendo status de município mais importante do estado. Com a grande crise econômica de 1929, a economia dos municípios mineiros ligados à cafeicultura sofreu grande abalo, e Juiz de Fora só conheceu novo período de desenvolvimento a partir da década de 1960. Atualmente, tornou-se cidade-polo nas áreas de serviços e educação superior.

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Possuímos uma importante tradição cultural fomentada pelos jovens da Universidade Federal de Juiz de Fora e das outras instituições de ensino privadas. O que torna a cidade exportadora de talentos profissionais que por aqui se formam, e, não sendo absorvidos pelo mercado de trabalho local, migram para outras localidades.

Essa é a cidade que temos com seus gargalos econômicos e sociais. Teve um passado de glórias e um presente cheio de incertezas, agravado pela pandemia da Covid-19, que nos ceifou cerca de 1.600 vidas até quando é escrito este texto. Qual será o nosso futuro?

O arrefecimento da pandemia deve coincidir com as eleições de 2022, que modificará grande parte da classe política nacional, com a eleição da Presidência da República, da Câmara dos Deputados, de 1/3 do Senado Federal, dos governadores de estados e do DF e das Assembleias Legislativas.

Somente em 2023 as coisas deverão tomar novo formato na Administração Pública nacional sob os efeitos da crise, e passamos a pensar no pós-pandemia. No citado ano, será o terceiro das administrações municipais que precisarão mostrar serviço, pois a eleição municipal é no ano seguinte. Então necessitamos de construir o futuro da cidade no cotidiano com um plano que nos dê perspectiva no horizonte.

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