Voto do idoso

Terceira idade carece de políticas públicas, sobretudo num momento de pandemia, que a colocou em isolamento


Por Tribuna

30/09/2020 às 07h00

A pandemia do coronavírus tornou-se um desafio para todos os setores, e não será diferente para as eleições. Os candidatos, mesmo com resvalos nas medidas de segurança sanitária, não terão meios de grandes concentrações. O chamado corpo a corpo já pôde ser visto no fim de semana, quando a campanha foi inaugurada, mas em modelo bem mais modesto em relação a pleitos anteriores.
Mas essas são apenas estratégias para obtenção do apoio. Um dado a ser avaliado é o voto do idoso. O primeiro desafio será convencer a terceira idade a comparecer às urnas de novembro. Em isolamento, boa parte desses eleitores terá dificuldade em ir às seções eleitorais a despeito de todas as medidas profiláticas já anunciadas pela Justiça Eleitoral. Em 2016, sem pandemia, a abstenção – levando-se em conta todas as faixas etárias – foi de 21,04% em Juiz de Fora. Esses números têm crescido pelo país afora diante do desapontamento com a instância política.

Os candidatos terão que virar o jogo, convencendo não apenas os idosos, mas também os demais eleitores, a começar pelos jovens, a fim de garantir presença no dia 15 de novembro. Só ganham com a redução de eleitores os políticos com maior visibilidade, por já serem conhecidos e terem maior capacidade de mobilização.

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Uma das estratégias é apresentar propostas. Qual, por exemplo, é a intenção dos candidatos em torno da terceira idade? É fato que a campanha ainda está no início, mas é necessário ter em seus programas de governo ações para tal eleitor, sobretudo pela influência que ele pode ter na elaboração do voto familiar. O país tem um expressivo contingente de idosos que ainda está ativo e, sobretudo, responsável pela gestão financeira dos lares, o que lhes dá, também, influência em determinadas decisões. É necessário, portanto, ter algo a ser dito para tal eleitor.

Ao curso dos anos, a terceira idade entrou na agenda dos governos, com o advento de vários programas. Em Juiz de Fora, por exemplo, há o Pró-Idoso, voltado para este segmento, mas é preciso avançar.

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