NOVOS DESAFIOS
Na última semana de campanha, os candidatos, mesmo diante de uma jornada bem menor do que a de pleitos anteriores, tiveram tempo para se inteirar das demandas da cidade e de seus principais desafios. Muitos são próprios das metrópoles, outros têm peculiaridades próprias. Todos, porém, passaram pelos muitos debates e entrevistas que marcaram os últimos dias e que vão se repetir pelo menos até quinta-feira. Segurança pública, saúde e educação são questões que ganham ênfase em todas as regiões e fica claro que não dependem apenas do prefeito para serem resolvidas. O eleitor deve ficar atento para aqueles que prometem solução para temas tão complexos.
A propósito, estudos recentes indicam que o cidadão que vai às urnas não age da mesma forma em pleitos nacionais e municipais e muito menos em cidades de pequeno e grande porte. Nos municípios menores, prevalece o maniqueísmo, onde há o grupo que está no poder e o que dele pretende se apossar. E o eleitor vai junto, influindo até mesmo nas relações pessoais em que os grupos não se relacionam.
Nas cidades de maior porte, prevalecem outras questões, voltadas para o futuro e temas que hoje estão inseridos no seu dia a dia, como mobilidade urbana ante o crescente fluxo de veículos nas ruas e as dificuldades de locomoção cada vez mais acentuadas. Há também preocupação com o meio ambiente e discussões voltadas para o viés social.
Juiz de Fora não foge à regra. Com quase 600 mil habitantes, vive um cenário próprio dos grandes centros, o que exige do administrador não apenas ações para o presente mas também para o futuro. Situada estrategicamente entre as três principais capitais do país e polo de uma região, carece ainda de voltar seu olhar para o entorno, a fim de promover o desenvolvimento integrado da região, algo que esteve na agenda de deputados federais e estaduais nos últimos pleitos estaduais sem ter ido adiante como se esperava. Vários fóruns foram realizados na cidade, mas que esbarraram na postura umbilical dos políticos. Espera-se que para o jogo municipal o desfecho seja outro.
