Espaço fechado
No momento em que reduz as restrições no Parque da Lajinha, a municipalidade deve avaliar também a situação do Parque do Museu, utilizado especialmente por idosos, a maioria deles já vacinada
A partir deste sábado, o horário de funcionamento do Parque da Lajinha será ampliado, assim como a limitação de usuários. Pela nova orientação, ele ficará aberto das 8h às 16h, de terça-feira a domingo, enquanto até 400 pessoas serão autorizadas a frequentá-lo no mesmo período, respeitadas as recomendações sanitárias. Antes eram 200, mas a melhora nos índices epidemiológicos e o avanço da cidade para a faixa amarela facilitaram a alteração.
Com o avanço do processo de vacinação, a queda nos números é visível em todas as frentes, o que leva a Prefeitura a tomar tais decisões. Por isso, seria importante colocar em pauta também a abertura do Parque do Museu Mariano Procópio, que recebe um expressivo número de usuários, boa parte deles idosos, que já foram devidamente vacinados. O entorno do lago é próprio para caminhadas e corridas em plena área central da cidade, o que facilita o acesso. Daí, reabri-lo também deve entrar na agenda.
A administração permite, dentro de limites sanitários, até mesmo a presença de públicos em eventos esportivos, com limitação de público, tratando-se de um avanço, mas tudo isso será possível se a população também contribuir, se resguardando e, sobretudo, tomando medidas, como o uso de máscara. A pandemia ainda é um dado presente, e só será possível voltar ao velho normal quando a imunização alcançar índices previstos pela Organização Mundial de Saúde, o que não é, por enquanto, o caso do Brasil.
Com as novas cepas, até mesmo em regiões de imunização mais avançadas, como no Reino Unido, há novas recomendações. O “liberou geral”, previsto para este mês, foi adiado. A ciência, por seu turno, começa uma nova etapa de avaliação: o tempo de validade das vacinas aplicadas passa a ser a agenda, assim como a necessidade, ou não, de uma terceira dose para garantir a imunização.
Só o tempo dirá, no entanto, se o combate ao coronavírus terá a mesma vertente do enfrentamento à gripe, que indica a imunização anual. As muitas projeções ainda não chegaram a um consenso, sobretudo por conta de o processo de vacinação ainda estar em curso. Provavelmente, até o fim do ano, quando se aproxima o prazo de um ano de imunização, sobretudo no primeiro mundo, será possível estabelecer tais parâmetros.
No caso brasileiro, mesmo com tais definições, ainda há um longo caminho a ser percorrido. O país atrasou o início da imunização, e só a partir de 2022 será possível apontar para novos caminhos. Por enquanto, a vacinação é a prioridade em todas as faixas etárias.