Perigo na rede


Por Barbara Landim

22/04/2017 às 07h00

Jovens e adolescentes sempre precisam de acompanhamento, pois, dentro de suas certezas, são alvos de equívocos. Alguns sem danos colaterais, mas outros com fortes componentes de risco. Com o advento das redes sociais, a ingenuidade também se alastrou, como é possível ver não apenas em ações mas também em comentários. São mais informados, mas nem sempre filtram os dados corretamente, sendo sujeitos a interpretações dúbias, que acabam compartilhando sem avaliar as consequências.

O desafio da Baleia Azul é um desses programas que estão disseminados pela rede mundial com graves repercussões. Jovens estão se mutilando para o cumprimento de metas e, dependendo do grau de fragilidade, chegando ao limite extremo de tirar a própria vida. As simples brincadeiras, que se esgotariam como um trote, tornaram-se fonte de justificada preocupação por conta de seus desdobramentos. Foi dessa maneira que uma postagem falsa acabou na delegacia, fruto, principalmente, da preocupação dos próprios pais, ávidos em apontar que esse tipo de atitude não pode ir adiante.

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A única forma de combater tais programas é a educação adequada. Os pais devem ficar atentos às atitudes dos filhos, desde a mudança de comportamento até sinais de mutilações, pois são esses os primeiros sintomas desse desafio. Por isso, os fatos registrados na última quarta-feira são pedagógicos: primeiro, por apontarem para os riscos; segundo, por mostrarem preocupações dos pais. Não há outro caminho senão esse para enfrentar o problema.

Em tempos de informação em tempo real, não só os benefícios migram a cada segundo pelo mundo afora. Os vícios também se apresentam, o que faz da atenção redobrada o único meio para a convivência sem riscos nesse cenário de muita informação e pouco conhecimento.

 

 

 

 

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