Hora do voto

A ida às urnas é um momento único na democracia, pois cabe aos cidadãos definirem seus representantes nas instâncias de poder


Por Tribuna

15/11/2020 às 06h58

O voto é o momento único no qual o eleitor exerce plenamente a sua cidadania ao escolher seus representantes. Este ano, estão em jogo a Prefeitura e a Câmara Municipal. Maior município da região, Juiz de Fora, pela primeira vez, tem um número inédito de candidatos e, entre eles, também uma marca inédita de representação feminina. Dos 11 postulantes à cadeira do prefeito Antônio Almas, cinco são mulheres. O significado desse cenário é importante para o processo democrático, uma vez que vários cidadãos e cidadãs – em seu pleno direito de votar e ser votado – se habilitam ao cargo máximo da cidade ao mesmo tempo em que as mulheres, maioria no colégio eleitoral e na população, também se apresentam em grande número para a mesma função.

Em mais de uma vez, esse espaço se ocupou em apontar os desafios a serem encontrados na nova gestão, não apenas no déficit de R$ 150 milhões, cantado em verso e prosa durante o período de campanha, mas também pelas incertezas quanto ao futuro. A administração a ser inaugurada em 1º de janeiro de 2021 vai encontrar a pandemia do coronavírus em pleno curso, o que exigirá medidas duras ou manutenção das que já estão sendo executadas, acertadamente, pela atual gestão. Só com a vacina será possível vislumbrar melhores dias. Até lá, os desafios continuarão na pauta.

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Desafios também serão encontrados na rotina dos municípios diante de uma economia também em altos e baixos. Vários segmentos ainda estão sob contingenciamento da área econômica, e os repasses não são suficientes para a execução de todos os serviços necessários. Vários candidatos enumeram saídas para esse impasse, mas pouco se sabe como elas serão implementadas. As demandas não se resolvem com estalar dos dedos, e, num ciclo em que o Legislativo tem grande assertividade – em todas as instâncias -, o prefeito, assim como o presidente ou o governador, terá que atuar afinado com o Legislativo.

E é aí que entra o eleitor. Como é próprio, durante a campanha, fala-se muito do Executivo, mas a eleição para as câmaras municipais também deve merecer total atenção, pois o vereador não deve ser apenas aquele que representa suas comunidades, mas também um fiscal em nome do coletivo e um agente na produção de leis para melhorar a qualidade de vida da população. O voto por conveniência no amigo ou conhecido nem sempre é o mais adequado se este ou esta não preenche os requisitos necessários para a representatividade. O mandato, como o próprio nome diz, é uma procuração que o eleitor dá ao eleito para, em seu nome, atuar, por isso a escolha tem que ser feita com atenção.

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