Consumo consciente

Com volume de chuvas aquém do esperado, consumidores devem reduzir o gasto de água, a fim de evitar um verão com problemas de abastecimento


Por Tribuna

15/11/2017 às 07h00

O início do ciclo das chuvas não é tão promissor como no ano passado e aponta para a necessidade de conscientização coletiva no uso da água. A imagem de capa da Tribuna, na edição de terça-feira, é emblemática: os mananciais estão abaixo dos níveis previstos, fruto de um ciclo de precipitações modesto para o período. Juiz de Fora teve, até agora, 58% das chuvas previstas para este ano, isto é, pouco mais da metade. Os meteorologistas tentam entender o fenômeno, destacando os sistemas de baixa pressão que bloqueiam a chegada das chuvas à região Sudeste, na qual a cidade se insere. Mais do que isso, não garantem o verdadeiro início das águas ante tantas variações climáticas.

O clima, mesmo diante desse cenário, continua sendo uma questão menor na conjuntura internacional. A despeito de todos os países assinarem tratados a favor do meio ambiente, os Estados Unidos, o maior emissor de gases na atmosfera, mantêm o recuo definido pelo presidente Donald Trump. Em nome do crescimento industrial, que implica mais emissões, ele tirou os EUA dos tratados, ampliando, assim, as incertezas sobre as medidas que devem ser tomadas. A conta, aos poucos, está sendo paga.

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No âmbito local, Juiz de Fora tem a Represa de Chapéu D’Uvas, que representa uma garantia mesmo diante da abrupta queda no volume da Represa João Penido. Porém até mesmo esta sofre com a estiagem. Em situações como essa, não é possível permanecer na zona de conforto. Mesmo não havendo previsão de racionamento, as autoridades precisam alertar a população para controlar o consumo. Com calor e pouca chuva, lavar carros nas ruas tornou-se rotina; varrer as calçadas com jatos de água também. Nos dois casos, falta percepção de que a redução do consumo deve ser rotina, a fim de evitar um futuro de dramas, como já se viu em outras épocas.

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