Prevenir é melhor

Para reverter o aumento dos casos de Covid é necessária a ação do Governo, para esclarecer a população, e desta em se convencer da importância da vacina


Por Tribuna

14/12/2022 às 07h18

O aumento dos casos de Covid, apesar da expressiva proporção, não deve ser motivo de alarme, mas é necessário precaução. Nesta edição, a Tribuna revela os números a partir de outubro e destaca a preocupação dos infectologistas com as novas cepas, que são responsáveis pelos novos casos. São, é fato, menos agressivas, mas mantém-se a importância da vacinação.

Embora a quinta dose para idosos ainda não seja oficialmente autorizada, o dado mais relevante passa pela correção das distorções nas demais faixas etárias. Um expressivo número de brasileiros ainda não complementou a vacinação. Entre eles, a maioria só tomou as duas primeiras doses ignorando a fase de reforço. Trata-se de um perigoso equívoco, já que somente com as doses adicionais é possível considerar completa a imunização.

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As medidas preventivas são fundamentais para garantir que o país não retorne ao caos dos anos 2020 e 2021, quando comércio, indústria e o setor de eventos reduziram suas atividades e milhões de estudantes foram mandados para casa. Quem teve meios para o estudo remoto ainda teve algum tipo de compensação, mas tal benefício não alcançou uma expressiva parcela da comunidade escolar.

Os danos foram visíveis e na volta às aulas ainda há passivos consideráveis para serem resolvidos. Os próprios estudantes ainda se ressentem do isolamento e os resultados só serão aferidos com os exames de fim de ano.

Mesmo com o Brasil fora da Copa, as ruas vão continuar cheias antes os eventos de fim de ano e o Carnaval já em fevereiro. Para garantir que a Covid fique sob controle, o envolvimento coletivo é a principal estratégia. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde garantiu que o calendário de vacinas em Juiz de Fora está sendo mantido. Cabe, pois, à população, o papel de procurá-los.

Espera-se que a nova gestão do Ministério da Saúde retome as campanhas de mobilização em torno da vacina. Hoje, sobretudo por conta do viés ideológico, uma parcela importante da comunidade tem evitado os postos. Em outros tempos, o Zé Gotinha era visto como um dado relevante na mobilização. Esclarecer, pois, é preciso, já que, além da Covid, outras doenças, muitas delas consideradas extintas, estão voltando, o que também é preocupante.

Os jovens tem papel relevante nesse processo. As campanhas de imunização contra o HPV têm encontrado resistência, mesmo diante das muitas informações sobre a sua importância. Trata-se de uma nova faceta de resistência, que carece de ser revista, o que só é possível com o envolvimento das instâncias oficiais no convencimento coletivo.

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