Evento de ponta

O Minas Láctea é o principal evento envolvendo o setor leiteiro, com capacidade de grande mobilização


Por Tribuna

12/07/2022 às 07h00

De volta ao modelo presencial, o que não acontecia desde 2019 – a edição do ano passado foi virtual -, o Minas Láctea, promovido pela Epamig, por meio do Instituto Cândido Tostes, começa, nesta terça-feira, em Juiz de Fora. A abertura terá a presença do governador Romeu Zema, e a expectativa dos organizadores é de implementação de negócios da ordem de R$ 220 milhões. Na edição de domingo, a Tribuna destacou não só a programação, como também os projetos que serão apresentados aos participantes, com produtos diferenciados em doce de leite e queijos, como revelaram os produtores.

O Minas Láctea é o maior evento econômico da região, e, no setor, um dos maiores do país, o que justifica a participação de pelo menos 12 mil visitantes, que deverão percorrer as dependências tanto do Centro de Exposição quanto do instituto. Com o tema “Sustentabilidade na cadeia de lácteos: avanços, tendências e desafios”, o 35º Congresso Nacional de Laticínios terá 14 palestras ministradas por representantes de indústrias, universidades e associações ligadas à cadeia produtiva de lácteos.

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Eventos de tal monta são fundamentais para a troca de experiência. Minas, por sua vocação leiteira, é a matriz de uma série de processos com repercussão econômica. Quando se fala em negócios da ordem de R$ 220 milhões, fica nítida a necessidade de programações com o mesmo viés, pois os resultados não se esgotam no evento. Com a expectativa de tantos participantes, a rede hoteleira e de alimentação também tem bons resultados. Portanto ganham todos.

Por outro lado, o Minas Láctea joga luzes numa discussão que a cidade e o Estado vêm fazendo há tempos sem resultados práticos: a situação do Expominas. Com sua pedra fundamental lançada pelo então governador Itamar Franco, sob a perspectiva de implementar os negócios da cidade e da região, e inaugurado pelo governador Aécio Neves, ele tornou-se um espaço subaproveitado, o que dá margens até para uma possível privatização.

Trata-se de um local privilegiado, mas sua baixa ocupação acaba tornando-se um problema, como, aliás, ocorre com espaços semelhantes, como o Expominas de Belo Horizonte. É necessário pôr em prática um projeto que garanta a sua ocupação com o maior número de eventos no decorrer do ano para garantir a sua eficácia. Se antes havia o problema de acesso, ele foi superado com o asfaltamento de uma via que o liga diretamente à Cidade Alta sem necessidade de passar pelo perigoso trecho da BR-040. Um passo, pois, já foi dado.

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