Um passo necessário

Implantação do primeiro módulo do Parque Tecnológico é importante para garantir o início de um projeto há muito tempo esperado para a região


Por Tribuna

10/08/2022 às 07h00

Juiz de Fora e região discutem já há algum tempo a implantação de um Parque Tecnológico, a fim de implementar a pesquisa e o desenvolvimento da Zona da Mata. Um terreno foi adquirido às margens da BR-040, e o início das obras chegou a fazer parte do calendário dos implementadores, sobretudo a Universidade Federal de Juiz de Fora. Aí veio o inesperado: o corte de recursos para as federais afetou diretamente o projeto, que conta com parcerias importantes, como a própria Prefeitura de Juiz de Fora.

A discussão se desdobrou em uma série de eventos que contaram com outros atores, mas, com o congelamento de recursos e a pandemia, as propostas ficaram paralisadas. A boa notícia foi dada nesta terça-feira, quando a universidade anunciou a operacionalização inicial do módulo I, a funcionar dentro do próprio campus, com previsão de gerar as primeiras ações já no início do ano que vem.

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Trata-se de um passo necessário ante a restrição de recursos, que afeta as pesquisas pelo país afora. O terreno às margens da rodovia deve fazer parte da terceira fase, já que não há como queimar etapas. É um processo de longo prazo – em torno de 30 anos -, que faz parte de ações de tamanha envergadura. Investir na pesquisa é o caminho necessário para garantir o crescimento econômico de uma região que há muito tempo clama por um parque tecnológico.

Tem razão o reitor da UFJF, Marcus David, ao ressaltar que o Partec JF cumprirá a dupla função: “A primeira de estimular a pesquisa e as formações no âmbito da universidade; a segunda, de permitir a atuação da universidade no desenvolvimento, através da aproximação entre empresas e nossos laboratórios e nossas pesquisas”.

Instalada na Cidade Alta a partir de 1960, quando foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubistchek, a UFJF, ressalte-se, tem sido uma parceira importante no desenvolvimento da cidade e da região. Trata-se de um espaço de geração do conhecimento, mas também de indutor de demandas de outros setores, como parcerias com o Poder Público e com o setor privado. A discussão do Parque Tecnológico é uma face emblemática dessa relação, pois em vários fóruns a parceria tornou-se uma marca importante.

À instância política caberá agilizar os repasses totais para o projeto. Nos primeiros debates, o valor global girava em torno de R$ 50 milhões. Ante o congelamento, a iniciativa de modular o projeto é um dado relevante, como a lógica de se dar um passo de cada vez.

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