Depois da folia

Partidos aceleram as conversações em torno de seus candidatos, mas poucos são os que falam em programa de Governo, preferindo a postura rasa da critica mútua


Por Tribuna

10/02/2018 às 07h00

Circula pelas redes sociais um meme dizendo que a crise econômica terminaria na sexta-feira, mas voltaria na Quarta-Feira de Cinzas, indicando que o país para no carnaval e que o ano, de fato, só começa depois da folia. Trata-se de uma brincadeira, mas faz sentido, uma vez que muitos eventos só vão se consolidar a partir da segunda quinzena do mês. Com os prazos ficando cada vez mais curtos, os partidos e os possíveis candidatos tentam moldar os primeiros entendimentos, mesmo sem saber que tipo de aliança será firmada. As especulações ora em curso, apontando nomes de possíveis pretendentes, especialmente à Presidência da República e ao Governo do Estado, serão intensificadas.

Mas os nomes só não bastam. Num comportamento recorrente, os postulantes a postos públicos não apresentam propostas, embora o país tenha uma carência expressiva em várias frentes. O eleitor começa a fazer as primeiras análises sem meios de aprofundar sua percepção. O que ocorre, hoje, é a velha prática de desconstrução do concorrente tipo herança maldita, ou “o meu governo fez melhor”, numa troca de culpa que só interessa aos atores do palanque. As ruas não querem saber quem foi o responsável por isso ou por aquilo, e sim pelo que precisa vir à frente.

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Em termos nacionais, por exemplo, faltam reformas importantes não apenas na Previdência, mas também na área tributária. O país é campeão em impostos, mas o retorno à sociedade é precário, bastando acompanhar o que ora ocorre na educação, na saúde e na segurança pública. O modelo brasileiro está defasado, pois pune quem paga e não beneficia a sociedade.

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