Cidades do futuro

Dialogar permanentemente com o entorno é fundamental para as metrópoles, hoje sufocadas por demandas que são compartilhadas pela região


Por Tribuna

01/09/2017 às 06h00

Juiz de Fora, pelos números, colocou o pé no freio, mas, a despeito disso, o número de habitantes é substancial. Ao atingir a marca de 563.769 de população, o município se mantém entre os maiores do país, sendo o 17º colocado entre as cidades com mais de 500 mil habitantes. No estado, salvo Belo Horizonte, está atrás apenas de Uberlândia e Contagem, posição que já ocupava anteriormente.

A leitura desses dados é estratégia para as instâncias de governo, pois os problemas seguem na mesma proporção. Embora não tenha chegado aos 600 mil habitantes, na cidade circula mais de um milhão, se forem contados os moradores de seu entorno. Com uma vocação especial para serviços, Juiz de Fora acolhe demandas nas áreas de saúde, educação e trabalho de regiões de menor poder econômico, numa dependência que se replica pelo país afora.

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Por isso, quando se discute o crescimento da cidade, é fundamental colocar na conta os municípios ao seu redor, pois a aposta deve ser integrada, a fim de beneficiar todos. Caso contrário, não há ganhos num município rico com vizinhos pobres. Irá herdar destes apenas as mazelas. Quando todos crescem, o benefício é coletivo.

Em razão disso, abre-se mais uma janela para o encontro previsto para esta sexta-feira, em Juiz de Fora, quando prefeitos da região serão recebidos pelo chefe do Executivo de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, e sua equipe, para um evento em que a troca de experiências é o principal mote. Esse diálogo deve ser incrementado, pois a Zona da Mata só será forte quando os municípios mantiverem uma interlocução permanente.
As cidades do futuro serão cada vez mais populosas e exigirão dos administradores estratégias próprias para garantir à população os mesmos ganhos de hoje, a despeito dos números demográficos. Este é o grande desafio.

 

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