Cidades da região sofrem com rodízio de abastecimento de água

Moradores de Astolfo Dutra, Barbacena, Ubá, Viçosa e Visconde do Rio Branco vivenciam o racionamento desde setembro


Por Tribuna

27/10/2017 às 08h33- Atualizada 27/10/2017 às 09h06

A falta de chuvas significativas e o tempo seco contribuíram para que os reservatórios de diversas cidades da região tivessem seus níveis reduzidos, provocando problemas no fornecimento de água para população. Desde setembro, os moradores de Astolfo Dutra, Barbacena, Ubá, Viçosa e Visconde do Rio Branco vivenciam o racionamento de água feito pelas companhias de distribuição e pelas prefeituras. A situação mais grave encontra-se no município de Ubá, onde moradores de algumas regiões chegam a ficar até 72 horas sem água devido ao rodízio estabelecido pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A situação calamitosa fez com que o prefeito Edson Teixeira Filho (PHS) decretasse, em setembro, situação de emergência após a falta de abastecimento de água potável.

De acordo com Prefeitura, a cidade enfrenta o quarto ano seguido de baixos índices pluviométricos e busca alternativas para amenizar a situação. Por meio de decreto, foram proibidas condutas que envolvam desperdício de água tratada, como lavação de calçadas e veículos e abastecimento de piscina. Outras medidas estão sendo tomadas, como plantio de árvore, perfuração de novos poços artesianos e construção de novas barriginhas, estruturas pequenas escavadas no solo com objetivo de colher água das enxurradas.

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Na Zona da Mata, municípios que ainda não sofrem com problema vêm buscando soluções para evitar o racionamento, como o uso da tecnologia para evitar perdas de água durante o fornecimento. Um deles é o “Geofone”, equipamento capaz de detectar vazamentos que não chegam à superfície, mas que são responsáveis pelo desperdício da água distribuída. Em Muriaé, o equipamento começou a ser utilizado em janeiro deste ano e corrigiu problemas em mais de 100 pontos da cidade, provocando uma redução de perdas de até 35%, segundo o Departamento Municipal de Saneamento Urbano (Demsur). Os investimentos fizeram com que diretor geral da Demsur, Geraldo Júnior, descartasse a possibilidade de racionamento de água na cidade.

 

Juiz de Fora

Em Juiz de Fora, a Cesama dispensou licitação para contratação emergencial de empresa para locação de dois geradores e para fornecimento de combustível. O contrato faz parte de medidas tomadas pela Cesama para reforçar o abastecimento na Cidade Alta. De acordo com a assessoria, o trabalho é prestado desde o mês passado e tem como objetivo a interligação do sistema da Cidade Alta, com a rede que alimenta o resto da cidade, diminuindo o volume de água retirado da Represa de São Pedro.

O diretor-técnico operacional da Cesama, Márcio Augusto Pessoa Azevedo, reforçou, na última semana, que, por conta do retorno das chuvas, não há perigo de falta de água na Cidade Alta. Atualmente, o reservatório de São Pedro está com 31,1% da capacidade total, exatamente o mesmo volume de igual período do ano passado.

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