Estudante de Engenharia Elétrica faz vaquinha virtual para comprar prótese

Samara Pires teve a perna esmagada contra um poste por um carro desgovernado em Santos Dumont


Por Mariana Floriano, sob supervisão da editora Regina Campos

26/09/2021 às 07h00- Atualizada 27/09/2021 às 09h40

Há um mês, a estudante de engenharia elétrica, Samara Pires, de 22 anos, sofreu um acidente que acarretou na amputação de sua perna direita. No dia 22 de agosto, enquanto caminhava com uma amiga e seu cachorro na cidade de Santos Dumont, onde vive, um carro desgovernado a atropelou e esmagou sua perna contra um poste. A partir daí, ela passou 28 dias no hospital, entre cirurgias e processos de reabilitação.

Samara Pires, que teve a perna amputada após um acidente, sonha em voltar a ter independência (Foto: Arquivo Pessoal)

Para poder voltar à sua rotina normal, de trabalho e estudo, Samara precisa de uma prótese robótica, que a possibilitará flexionar o joelho e andar normalmente. Porém, além da compra da prótese, a família precisa arcar com os custos de alguns medicamentos e procedimentos médicos que não foram acobertados pelo plano de saúde. “Eu provavelmente vou colocar a prótese em Belo Horizonte, então, também vão ter os custos da viagem. Além da fisioterapia que eu preciso fazer para que meu corpo esteja pronto para receber a prótese”, conta Samara.

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Para arrecadar a quantia necessária para cobrir todos os gastos, desde o dia 16 de setembro foi lançada uma vaquinha virtual, com a meta de R$100 mil. Samara também informa que foi feita uma chave pix (ssamarasd@gmail.com) direcionada exclusivamente às doações, onde pode ser depositado qualquer valor. A estudante garante que qualquer quantia arrecadada que não for utilizada na reabilitação será doada a instituições que auxiliem pessoas na mesma situação.

Samara teve alta no último sábado (18) e está se readaptando com a rotina da casa. Segundo ela, após a colocação da prótese, o plano é seguir com a vida normal. “Espero conseguir voltar a caminhar perfeitamente, subir e descer escada, ter essa mobilidade, poder dirigir, ir sozinha para todos os lugares. Eu estudo na UFJF, e a ideia é ter essa independência a ponto de eu conseguir voltar para Juiz de Fora e morar sem os meus pais, em outra cidade, sem me sentir dependente e limitada de alguma forma.”

Até o momento, a vaquinha conseguiu arrecadar mais de R$ 72 mil, em apenas uma semana. “Nós estamos admirados com a rapidez que o pessoal foi aderindo e abraçando a ideia. Muitas pessoas que me conhecem de vista foram ajudando e compartilhando. Eu só tenho a agradecer a todo mundo que colaborou até agora.”

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