Casal é preso suspeito de torturar e queimar órgão genital de adolescente

Mesmo ferido, adolescente de 17 anos era mantido em cárcere privado para que ninguém soubesse do crime


Por Tribuna

20/03/2023 às 17h53

Um adolescente de 17 anos passou cerca de um mês sendo torturado após ter o órgão genital queimado por um homem de 31 anos e uma mulher de 27 em Guidoval, município localizado a cerca de 19 km de Ubá. Conforme a Polícia Civil de Minas Gerais, o casal responsável pelo crime foi preso na última sexta-feira (17), e o adolescente foi encaminhado para cuidados médicos no hospital.

Apurações da polícia indicam que as torturas aconteciam há mais de oito meses, desde agosto de 2022. No entanto, se intensificaram quando, há cerca de 30 dias, a mulher teria pedido ao homem para segurar o adolescente para que ela conseguisse amputar o pênis dele. A suspeita não conseguiu realizar a manobra, por conta da dificuldade e de aversão ao sangue, segundo a polícia. Sendo assim, o casal optou por queimar o órgão genital do jovem com brasa.

PUBLICIDADE

Mesmo ferido, o adolescente era coagido, ameaçado e mantido em cárcere privado para que ninguém soubesse dos fatos. Informações preliminares demonstram que o adolescente morava com a mulher de 27 anos, com quem tinha um relacionamento amoroso. A suspeita estava grávida e era mãe de outras quatro crianças. O homem de 31 anos é pai de um dos filhos e passou a morar com a mulher em agosto de 2022 a fim de dividir as despesas. Nessa época, as torturas ao adolescente se tornaram mais frequentes.

Conforme o delegado Douglas Mota, assim que as informações chegaram ao conhecimento da polícia, imediatamente foi demandada a prisão temporária dos dois suspeitos. “Nos deparamos com um caso gravíssimo de tortura, expondo um adolescente a uma extrema vulnerabilidade, provocando intensa dor e colocando em risco a perda do membro e da função de reprodução.” O casal foi preso e encaminhado ao sistema prisional, onde se encontra à disposição da justiça. O adolescente está sob cuidados médicos. As investigações prosseguem.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.