Megaoperação desarticula quadrilhas de tráfico e homicídios em Muriaé

Grupos rivais se revezavam na morte de desafetos; 24 suspeitos foram presos


Por Tribuna

11/10/2017 às 14h10- Atualizada 11/10/2017 às 14h17

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Vinte e quatro suspeitos de envolvimento em organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas e homicídios foram presos durante a megaoperação Juízo Final, deflagrada pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (11), em Muriaé, a cerca de 160 quilômetros de Juiz de Fora. Além dos mandados de prisão, os mais de 90 agentes mobilizados cumpriram 18 buscas em residências a fim de desarticular grupos que praticam assassinatos de desafetos pela hegemonia do tráfico. Entre os investigados, está um homem de 31 anos, considerado pela polícia líder de uma facções, o irmão dele, 21, e outro comparsa, 38. Com eles foram apreendidos vários carros de luxo, inclusive uma BMW avaliado em mais de R$ 100 mil e supostamente adquirido com a venda de entorpecentes.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Trinta viaturas, com apoio do helicóptero Carcará, que sobrevoou pela primeira vez aquela região, participaram da investida. O trabalho foi realizado pela 4ª Delegacia Regional de Muriaé (4ª DRPC), mas teve participação de policiais de toda a área de atuação do 4º Departamento de Polícia Civil de Juiz de Fora. Por meio da assessoria de comunicação, o coordenador da Agência de Inteligência do órgão, delegado Tayrony Espíndola, disse que a ação é uma resposta aos homicídios ocorridos na cidade nos últimos anos, muitos deles praticados por adolescentes recrutados pelos bandidos alvos da operação. “No campo investigativo, que nos compete, estaremos sempre monitorando esses criminosos e prontos para levá-los a julgamento, torcendo que, ao final, sejam condenados e segregados em definitivo do convívio social porque, na verdade, não sabem viver em sociedade.”

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O titular da Delegacia de Homicídios de Muriaé, Rangel Martino, destacou que a maioria dos assassinatos dos últimos anos teve o envolvimento de presos nesta megaoperação, que se revezavam vingando a morte de comparsas. “Eles vêm se digladiando há muito tempo, cooptando adolescentes, para, literalmente, exterminar os supostos integrantes do grupo rival, num eterno justiçamento, onde a cada integrante morto corresponde a certeza de morte de um membro do grupo rival”, explicou. Os detidos foram levados à penitenciária de Muriaé.

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