Prefeitura de Muriaé abre 4º abrigo para receber desalojados pela chuva
Ruas do município permanecem alagadas, no entanto, nenhuma vítima foi registrada
As chuvas que tiveram início por volta das 18h50 desta terça-feira, em Muriaé, provocaram o transbordamento dos Rios Preto e Muriaé e enchentes por vários bairros da cidade. As ruas na tarde desta quarta-feira (9) permaneceram encobertas pelas águas. Por conta da situação, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Município abriu o quarto abrigo para acolher os moradores que ficaram desalojados pela enchente.
A secretária de Desenvolvimento Social, Eveline Castro do Amaral, explica que a água vem das cabeceiras dos rios que ficam em cidades mais altas, como Rosário da Limeira, São Sebastião da Vargem Alegre e Miraí. Segundo a titular da pasta, ainda não há uma previsão de quando os rios devem baixar, por conta disso, ainda não é possível precisar quantas pessoas estão desalojadas e desabrigadas no total, porque as equipes ainda não têm acesso à todas as residências.
O Município distribuiu 2.500 quentinhas ao longo da tarde, que foram levadas pelo barco do Corpo de Bombeiros, o único da corporação na cidade, e conta também com apoio de embarcações particulares mais simples e canoas, para conseguir atender a um maior número de cidadãos nesse momento.
“Os rios saíram da calha e foram alagando os bairros. Como nós temos não só o plano de contingência da Defesa Civil, mas também o da Defesa Social, que é muito bem feito, as coisas ocorreram com muita rapidez. As quentinhas estão demorando a chegar por conta da dificuldade de deslocamento, mas estamos muito organizados”, detalha Eveline, que ainda acrescenta que, apesar da água ainda estar alta no município, os problemas registrados foram pontuais, não houve, até o momento, o registro de nenhuma vítima e de nenhuma ocorrência de maior gravidade.
A secretária orienta as pessoas que estiverem em áreas inundadas, que procurem ir para lugares mais altos, seja na casa de parentes ou amigos, ou até mesmo nos abrigos oferecidos pela Prefeitura. Ela ainda esclarece que todos os serviços da cidade prestados pela Secretaria de Desenvolvimento, como Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e a Casa da Mulher foram fechados e todas as equipes técnicas estão nas ruas, dando apoio à população.
“Cada coordenador de Serviço da pasta de Desenvolvimento Social coordena as ações em um local. Aguardamos a água baixar para fazer a contagem dos desabrigados e desalojados e começar a trabalhar nas áreas afetadas. Já temos equipes trabalhando com doações, na montagem de kits de limpeza”, diz Eveline.
De acordo com a Defesa Civil, 90% dos bairros pelos quais passam os Rios Preto e Muriaé, foram afetados, entre eles, os bairros: Barra, José Cirilo, Santana, Dornelas, Napoleão, Encoberta e São José.
Segundo o agente da Defesa Civil Raphael Ancelmo, as equipes procedem com vistorias em áreas de risco e como ainda chove, há um reforço da orientação de que as pessoas procurem permanecer em locais seguros, ou buscar um dos abrigos da Prefeitura. “Caso não esteja conseguindo sair de casa, a população deve fazer contato com os bombeiros para que seja feito o resgate. Quem mora próximo à alguma encosta deve fazer monitoramento constante e, caso verifique algum risco, entre em contato com a Defesa Civil”.
Raphael pontua que as chuvas devem continuar nos próximos dias e com a possibilidade de permanecer em grande volume, desse modo, o estado de alerta permanece em Muriaé.
A Polícia Rodoviária Federal informou que não há trechos de interdição causados pela chuva nem na BR-116 e nem na BR-365, no sentido Viçosa. No entanto, na BR-356 no sentido Campos dos Goytacazes há interrupções no tráfego.