Policial penal invade presídio e mata dois detentos em Manhuaçu

Autor teria afirmado que a esposa dele teria sido estuprada por um dos indivíduos assassinados


Por Tribuna

08/09/2022 às 12h51- Atualizada 08/09/2022 às 12h57

Um policial penal de 39 anos invadiu uma cela do presídio de Manhuaçu e matou, a tiros, dois detentos na manhã de quarta-feira (7). O caso foi registrado pela Polícia Militar do município e, segundo a ocorrência, o autor dos homicídios teria afirmado que a esposa dele fora estuprada por um dos indivíduos assassinados. Outros dois presos foram alvejados durante a ação do policial penal.

De acordo com o boletim de ocorrência, o policial penal não tinha expediente naquele dia, mas se apresentou na portaria do presídio e entrou no local. Ao tentar entrar em uma das alas da unidade prisional, outros dois policiais penais tentaram impedir a entrada do indivíduo, mas foram ameaçados pelo colega, que já portava a arma de fogo. Em seguida, foram ouvidos diversos disparos.

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O autor dos tiros, então, foi até a portaria da unidade prisional, onde afirmou que matou o rapaz que teria estuprado sua esposa e se entregou. Um homem de 36 anos e um jovem de 24 foram as vítimas fatais, enquanto outros dois jovens, de 18 e 24 anos, ficaram feridos e foram socorridos pela Unidade de Pronto Atendimento local. A perícia foi acionada para os trabalhos de praxe.

Sejusp instaura procedimento investigativo

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) lamentou o ocorrido e informou que trabalha em conjunto com a Polícia Civil “para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos”. A pasta afirmou que o socorro médico foi prestado imediatamente às quatro vítimas e que o autor dos disparos foi detido em flagrante e segue preso. O rapaz teria alegado que o estupro da esposa acontecera na madrugada do mesmo dia.

Segundo a Sejusp, um procedimento investigativo administrativo foi instaurado pela Polícia Penal, enquanto um inquérito criminal foi aberto pela Polícia Civil. “O direito à ampla defesa e ao contraditório do policial penal em questão serão respeitados”, afirma.

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