Polícia Civil encontra ossada humana em Tocantins
Suspeita é que restos mortais sejam de mulher trans que está desaparecida desde o dia 4 de janeiro
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) encontrou em Tocantins, nesta terça-feira (7), uma ossada humana que seria de uma mulher trans, de 25 anos. A suposta vítima está desaparecida desde o dia 4 de janeiro e foi vista pela última vez em Ubá. Dois suspeitos, de 28 e 29 anos, foram presos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Exames de comparação de DNA ainda serão realizados para verificar se, de fato, a ossada pertence à mulher.
De acordo com a corporação, os restos mortais foram encontrados durante buscas realizadas para coleta de materiais de interesse da investigação. A ossada foi localizada em um córrego em Tocantins, município vizinho a Ubá. Os materiais genéticos da vítima e de familiares estão sendo coletados para encaminhamento ao Instituto Médico Legal Dr. André Roquette, em Belo Horizonte.
Conforme o delegado da PCMG Douglas Motta, próximo ao córrego, ainda estavam itens que pertenciam à mulher desaparecida. “No local onde encontramos a ossada, foi localizada a roupa que a vítima estava vestindo quando foi vista pela última vez. Além disso, também foram encontrados um chinelo, documentos e um aparelho celular que seria dela”, disse por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil.
Mulher desaparecida
Ainda segundo o delegado, as investigações apontam que a vítima teria sido assassinada. Os suspeitos de cometer o crime são uma outra mulher trans, 28, e seu namorado, 29. A mulher seria a mandante do homicídio, enquanto o homem teria executado o crime.
As apurações indicam que a vítima foi vista pela última vez entrando no veículo do homem, na Praça Getúlio Vargas, em Ubá. Eles teriam seguido em direção à cidade de Tocantins. Conforme a Polícia Civil, as investigações preliminares assinalam que a vítima teria sido executada com disparo de arma de fogo na região frontal da cabeça.
O crime teria sido motivado por vingança, considerando que teria ocorrido uma desavença entre a vítima e a suspeita, por conta de uma briga em novembro do ano passado. “Não descartamos a possibilidade de eventual partícipe nesse fato”, ressaltou o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações prosseguem. Os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional e seguem à disposição da Justiça.