Exploração de crianças com venda de balas é tema de audiência

Debate foi proposto pela Comissão de Proteção e Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude


Por Tribuna

28/11/2017 às 08h29- Atualizada 28/11/2017 às 08h31

Diante da percepção crescente da presença de crianças e adolescentes vendendo balas e mendigando em pontos centrais da cidade, a Comissão de Proteção e Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude na Câmara busca formas de combater o problema. A discussão do tema é proposta em audiência pública marcada para esta terça-feira (28). “Temos buscado dialogar com a rede de proteção de Juiz de Fora. Todos que caminham pelas ruas da cidade podem ver que há um aumento de crianças comercializando balas, chicletes, e o pior, fazem isso incentivadas pelos próprios pais”, explica o presidente da comissão e um dos proponentes da sessão, o vereador Júlio Obama Jr. (PHS).

De acordo com Obama,  há algum tempo a comissão se mobiliza em caminhadas pelas ruas e se depara com essas situações . “São recorrentes os casos de pais que infringem a lei incentivando os filhos a comercializar. Todos nós sabemos que criança trabalhando viola todos os direitos. Com esse debate, tratamos o assunto com maior seriedade e questionamos a Prefeitura  para saber como tem sido combatido o problema.” O vereador destaca que a quantidade de ocorrências aumenta nessa época do ano.

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Obama frisa que é preciso destacar o papel de cada órgão de defesa, mostrando quais são as políticas públicas e quais as ações elaboradas para evitar que mais crianças sejam exploradas. A intenção é que os setores, como educação, saúde e assistência social, trabalhem de maneira transversal, porque não adianta, segundo ele, apenas combater os abusos. Seria preciso entender todo o contexto familiar desse indivíduo. “Estamos montando uma agenda de defesa de crianças e adolescentes para o ano que vem, porque temos visto violações cometidas pelas próprias famílias. Em outros casos, por conta da miséria material que acaba levando a esse tipo de situação. Há anos que não víamos esses casos. A ideia é minar o problema no seu início.”

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