Delegados vão à Justiça por salário parcelado


Por Tribuna

26/01/2016 às 19h50

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindepominas) impetrou mandado de segurança com pedido liminar contra a decisão do Governo estadual de escalonar o pagamento da categoria. A ação foi distribuída no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e questiona a legalidade do ato, com base nas afirmações de que “trata-se de verba alimentar”, “há discriminação entre os servidores”, já que algumas categorias continuarão recebendo no quinto dia útil, e que a atitude “é contraditória ao aumento das alíquotas de ICMS, que prevêem aumento da arrecadação.”

Além de recorrer à ação judicial, os delegados também decidiram fazer paralisações pontuais em números de horas correspondentes aos percentuais dos valores que serão recebidos. A iniciativa abrange toda a categoria que, segundo dados do Sindepominas, reúne mil profissionais no estado, lotados em 500 municípios.

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Conforme tabela divulgada pelo Governo estadual no último dia 15, os servidores que recebem acima de R$ 3 mil terão o salário dividido em três parcelas a serem pagas nos dias 5, 12 e 16 de fevereiro. Desta forma, no período de 5 a 11 de fevereiro, os delegados irão trabalhar das 15h às 18h. Entre os dias 12 e 15, o expediente será das 13h às 18h. A partir do dia 16, quando todo o salário for recebido, a categoria volta ao horário normal, das 8h às 18h. O cronograma foi elaborado com base no salário inicial da carreira, tendo em vista que o primeiro dia de pagamento corresponde a aproximadamente 25% da remuneração do delegado substituto.

Sindifisco
O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) também recorreu à Justiça por conta da decisão do Governo mineiro. No último dia 14, a entidade entrou com mandado de segurança coletivo no TJMG requerendo o pagamento no quinto dia útil. Os trabalhadores não descartaram a possibilidade de greve em protesto contra a medida. A categoria reúne 1.400 profissionais no estado, sendo cerca de 80 em Juiz de Fora. A medida de escalonamento proposta pelo Governo deve prosseguir, pelo menos, até abril.

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