Funcionários da Amac ocupam a Câmara Municipal durante protesto

Manifestação é contra a defasagem inflacionária dos salários e os constantes atrasos nos benefícios, como vale-alimentação e vale-transporte


Por Tribuna

23/03/2018 às 12h05- Atualizada 23/03/2018 às 17h00

Funcionários da Amac protestaram, na manhã desta quinta-feira (23), na Câmara Municipal, contra a defasagem inflacionária dos salários e os constantes atrasos nos benefícios, como vale-alimentação e vale-transporte. De acordo com Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu-JF), a situação persiste uma vez que Prefeitura não teria autorizado a reposição dos vencimentos pelo IPCA do ano passado, conquistado por toda a base do sindicato.

Após um ato em frente ao Palácio Barbosa Lima, sede do Legislativo, parte dos manifestantes ocupou o plenário da Câmara Municipal para realizar o protesto em meio à sessão legislativa marcada para esta manhã. Durante a plenária, o presidente do Sinserpu-JF, Amarildo Romanazzi, fez uso da palavra para defender as reivindicações dos trabalhadores. Logo em seguida, uma comissão formada pelos manifestantes foi recebida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Mattos (PSDB). Ficou acertada a realização de uma audiência pública no dia 17 de abril para discutir os reajustes salariais e o chamamento público das entidades sociais. Também foi acordada a instauração de uma comissão a ser composta pelos vereadores Roberto Cupolillo (Betão, PT), Sargento Mello (Casal, PTB) e Marlon Siqueira (MDB) para acompanhar as negociações;.

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No entanto, mesmo com avanços nas discussões, Amarildo Romanazzi manteve a possibilidade de greve para os próximos dias, diante da falta de pagamento do reajuste de 4,96% aos funcionários da Amac. “Caso a Prefeitura não pague esse reajuste até o dia 6, vamos votar a greve, independentemente da audiência”, afirma. Caso não haja acerto, uma paralisação está marcada para o dia 10 de abril, às 10h, nas escadarias da Câmara Municipal. Na oportunidade, uma assembléia irá definir os passos do movimento.

Segundo o Sinserpu-JF, a Administração Municipal não estaria seguindo as regras de correção salarial e recarga de benefícios dos servidores para os trabalhadores da Amac. Por outro lado, enquadra a categoria na norma adotada para os servidores da transferência de pagamento do último dia do mês para o quinto dia do mês seguinte. Além do reajuste salarial, a pauta inclui também a redução orçamentária dos chamamentos públicos realizados pela PJF. Segundo Romanazzi, mesmo que a Amac ganhe todos os lotes, cerca de 200 profissionais podem ser demitidos para que seja feito ajuste financeiro da instituição.

Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) afirmou que a Administração Municipal repassa os valores firmados nos termos de colaboração com a Amac. “Compete à própria Amac realizar o pagamento da sua folha de pessoal a partir dos recursos que são repassados pelo município. A Secretaria de Desenvolvimento Social realiza o chamamento público em cumprimento à Lei Federal 13.019/14, que oferece oportunidades iguais e transparência no processo para firmar “termos de colaboração” com as organizações da sociedade civil.”

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