Câmara cria força-tarefa para cobrar reforma no Delfim Moreira
Comunidade escolar e autoridades clamam por solução de problema que já dura quatro anos
Em audiência pública realizada na tarde desta terça-feira (22), vereadores e representantes de diversos setores da sociedade debateram a situação da Escola Estadual Delfim Moreira, cuja sede centenária – o Palacete Santa Mafalda – permanece fechada há cerca de quatro anos à espera de reformas. Após a realização de amplo debate, os parlamentares avançaram na criação de uma força-tarefa para cobrar soluções junto ao Governo do estado.
O presidente da Casa, o vereador Rodrigo Mattos (PSDB), solicitou à Comissão Permanente de Educação, Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Legislativo que entre oficialmente na discussão com o objetivo de buscar uma solução para o problema.
Um dos primeiros passos neste sentido contará com o vereador Wanderson Castelar (PT). Nesta quinta-feira, o petista vai até Belo Horizonte e deve levar ao Governo mineiro um relatório sobre a situação da escola e negociar um possível encontro da comissão com a secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo.
O debate desta terça-feira ocorreu a pedido dos vereadores Marlon Siqueira (PMDB) e Júlio Obama Jr. (PHS). Os proponentes juntaram-se às vozes de professores, alunos e juiz-foranos e apresentaram diversos questionamentos sobre o fato de o prédio, localizado nas esquinas da Avenida Rio Branco com a Rua Braz Bernardino, que é tombado pelo patrimônio histórico municipal, permanecer sem utilização há quatro anos com a ausência das intervenções necessárias.
“Precisamos dar uma resposta ao cidadão. Até quando este patrimônio do município vai continuar fechado?”, questionou Marlon. Por outro lado, Obama lembrou que os cerca de 1.500 alunos da escola estão sendo atendidos em um prédio alugado por R$ 44 mil, na Rua Santo Antônio, e destacou que o prédio tombado foi interditado por causa de duas salas apenas, e, hoje, encontra-se em processo de deterioração. “Nós queremos saber se tem projeto para a obra”.
Entre os representantes do Poder Público presentes ao debate, o superintendente da Funalfa e presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac), Rômulo Veiga, afirmou que o tombamento não é um complicador para a gestão de imóveis históricos, como o Palacete Santa Mafalda, mas sim a falta de planejamento.
Rômulo afirmou ainda que a divisão de patrimônio da Funalfa cumpriu suas obrigações ao apontar problemas e descaracterizações no projeto de reforma original apresentado pelo Governo em 2014 e aprovar um novo planejamento, com as adequações necessárias, em março deste ano. “Tudo que era dever e foi solicitado ao Município, foi realizado. Resta agora acompanhar a obra”, completou Rômulo. Todavia, atualmente, existe apenas o projeto arquitetônico, restando a realização de outros como os projetos elétricos e de eletricidade.