Servidores do Ipsemg entram em greve nesta sexta-feira

Com a greve, os servidores devem trabalhar em modelo de escala mínima de 30%, em todos os setores


Por Tribuna

22/02/2018 às 19h06- Atualizada 22/02/2018 às 19h10

Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) entrarão em greve a partir desta sexta-feira (23). A decisão foi tirada em assembleia da categoria realizada na última terça-feira (20). De acordo com o Sindicato dos Servidores do Ipsemg (Sisipsemg), os profissionais pleiteiam que sejam atendidos itens da pauta de reivindicação, como a incorporação do vale alimentação ao salário base; a incidência de ajuda de custo diária para funcionários ativos e aposentados, em modelo adotado para outros servidores do Estado; além do abono do ponto dos dias de greve.

Durante audiência pública realizada na última quarta-feira (21) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a presidente do Sisipsemg, Maria Abadia de Souza, informou que o número de funcionários encontra-se reduzido, a contratação de terceirizados e comissionados aumentou, os profissionais estão se aposentando e as condições de trabalho estão precárias. “Diante da ausência de sinalização do Poder Executivo em tomar medidas efetivas, vamos entrar em greve por tempo indeterminado.” Com a greve, os servidores devem trabalhar em modelo de escala mínima de 30%, em todos os setores.

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No mesmo encontro, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado (Sindpúblicos-MG), Geraldo Henrique, ressaltou que os reflexos dos problemas enfrentados por servidores do Ipsemg é sentido por todo funcionalismo público. Segundo ele, há, hoje, quatro mil pessoas à espera de cirurgias a serem realizadas em unidades hospitalares credenciadas pelo instituto previdenciário. Tais procedimentos estariam ameaçados, uma vez que a suspensão do atendimento aos beneficiários do instituto tem sido generalizada. Já o presidente do Conselho de Beneficiários do Ipsemg, Alexandre Pires, relatou situações em que hospitais se recusam a atender os servidores.

Também durante a audiência pública, o presidente do Ipsemg, Hugo Vocurca Teixeira, reconheceu o atraso nos repasses e anunciou que já foi pactuado um cronograma de pagamento para regularizar a prestação dos serviços da rede credenciada. Todavia, admitiu dificuldades em negociar com parte das unidades hospitalares. “O hospital credenciado em Varginha (Sul de Minas) tem exigido um aumento de 82% na tabela de procedimentos e consultas. Não podemos arcar com um percentual tão elevado, mas daremos prosseguimento às tentativas de fechar um acordo”, explicou o gestor.

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