Servidores em greve fazem manifestação no Centro da cidade


Por Nathalia Carvalho

16/06/2016 às 10h17- Atualizada 16/06/2016 às 13h27

Atualizada às 13h20

Servidores municipais em greve realizaram uma manifestação no Centro de Juiz de Fora na manhã desta quinta-feira (16). Os trabalhadores se concentraram na Praça da Estação e, por volta das 11h15, saíram em passeata pela Rua Halfeld até a Câmara Municipal. O ato foi encerrado por volta das 13h. Os trabalhadores deflagraram greve geral ontem, por tempo indeterminado. Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos (Sinserpu), Amarildo Romanazzi, os grevistas realizaram hoje o “velório do prefeito Bruno Siqueira”, que foi seguido pelo “cortejo fúnebre” até o Legislativo.

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A decisão da greve havia sido definida em assembleia, na última semana, e, como não houve avanço nas negociações com a Prefeitura, a categoria decidiu paralisar as atividades. Fazem parte do movimento grevista os sindicatos dos Servidores Públicos Municipais (Sinserpu), dos Professores (Sinpro), de Engenheiros (Senge) e de Arquitetos (Sinarq), que são integrantes do Fórum Unificado das Entidades Sindicais dos Servidores Municipais. Agora à tarde, o fórum se reúne para discutir os rumos do movimento. Às 17h, a categoria volta à Câmara Municipal, quando dois requerimentos para abordar a situação dos servidores serão colocados em votação pela Mesa Diretora da Câmara Municipal. Um deles, do vereador Roberto Cupolillo (Betão, PT), prevê a realização da audiência pública amanhã, e o outro, do vereador Julio Gasparette (PMDB), propõe realização da reunião na semana que vem.

Segundo Amarildo, nesta quinta, 70% dos servidores das unidades básicas de saúde (UBS), creches, curumins, Secretaria de Obras e Settra estão paralisados. Já na Empav, a adesão seria total. Entre os professores, o percentual seria de 65%. Não foi divulgada estimativa do número de trabalhadores que participaram do ato hoje.

Por meio de nota, a Prefeitura informou que, salvo em casos pontuais, todos os atendimentos à população estão normalizados no dia de hoje. Em relação às escolas, o balanço será divulgado à tarde.

Em reunião ontem à noite, os médicos decidiram pela paralisação até a próxima terça-feira, quando será realizada uma nova assembleia para reavaliar a situação. Até a data, os atendimentos serão mantidos apenas nas unidades de urgência e emergência, com o quantitativo de 30% da equipe.

Ontem, a PJF informou que sempre se manteve aberta ao diálogo com as categorias e reforçou que chegou a apresentar propostas de reajustes maiores quando a legislação permitia, mas que foram rejeitadas. “Agora, a administração propõe o máximo reajuste possível dentro do que determina a Justiça, evitando assim o aumento zero caso o reajuste não seja aprovado até 30 de junho.” Considerando o IPCA registrado entre janeiro e maio deste ano, o índice proposto pelo Executivo deve ficar pouco acima de 4%.

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