Estamos trocando o comando para que navio não afunde, diz Jucá


Por Agência Estado

12/05/2016 às 07h40

O presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu há pouco a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e usou de uma analogia com o filme “Titanic” para justificar a assunção do vice-presidente Michel Temer ao Palácio do Planalto com o provável afastamento da petista.

“Nós estamos trocando o comando para que o navio não afunde”, disse Jucá, em pronunciamento no Senado.

PUBLICIDADE

O senador, cotado para assumir o Ministério do Planejamento do novo governo, disse que não haverá caça às bruxas nem perseguição, mas destacou que não se vai aceitar agressões contra Temer.

Jucá questionou que o que está em discussão no Senado é o cumprimento da Constituição, que prevê a adoção do impeachment. Ele citou o fato de que, em governos anteriores ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT ingressou com mais de 50 pedidos de impedimento de governos anteriores.

Em relação às chamadas pedaladas fiscais, o senador disse que o governo saiu de um fluxo de caixa da ordem de R$ 2 bilhões para R$ 90 bilhões. Ele afirmou ainda que houve decretos que foram editados pelo governo sem o aval do Congresso. “Quantas impressões digitais são necessárias para denunciar um crime? Uma Nós temos três”, disse.

Jucá admitiu que o PMDB indicou o vice de chapa de Dilma, mas afirmou que, pessoalmente, não apoiou essa aliança. Ele também defendeu a adoção do instituto do impeachment. “A legitimidade da decisão do Congresso é majoritariamente expressada nas ruas”, disse. “Desculpem aqueles que estão perdendo o chão, que estão em desacerto mental”.

 

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.