Em primeira entrevista pós renúncia, Bruno reforça intenção de disputar Senado

Falando à Rádio CBN Juiz de Fora, emedebista garantiu que possível candidatura da ex-presidente Dilma não altera planejamento


Por Tribuna

12/04/2018 às 17h22- Atualizada 12/04/2018 às 20h14

Em sua primeira entrevista após renunciar à Prefeitura de Juiz de Fora, o ex-prefeito Bruno Siqueira (MDB) falou sobre seus planos para o futuro no programa Pequeno Expediente, da Rádio CBN Juiz de Fora. O emedebista reforçou a intenção de pleitear, dentro de seu partido, uma indicação para disputar uma das duas vagas mineiras no Senado, que estarão em jogo em outubro, mesmo após um possível acirramento da concorrência com a possibilidade de candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Para isto, Bruno afirma seguir discutindo apoio nas hostes emedebistas. “Uma candidatura majoritária é algo que precisa ser construído naturalmente, na medida em que vamos avançando. É neste sentido que estou trabalhando, para que eu possa ter esta viabilidade dentro do partido.”

Foto: Leonardo Costa

Assim como já havia feito na última sexta-feira, quando comunicou a intenção de renunciar à Prefeitura à imprensa, Bruno deu tom de campanha à entrevista e direcionou críticas à ex-presidente Dilma, possível adversária na corrida pelo cenário. Além de condenar a gestão da economia nacional durante os pouco mais de cinco anos em que a petista ocupou a Presidência, o ex-prefeito questionou a real intenção da recente transferência do título de eleitor de Dilma para Belo Horizonte, de forma a viabilizar uma candidatura ao Senado. “Apesar de ter nascido em Minas, ela nunca fez política em Minas Gerais e transferiu de forma, talvez, oportunista”, avaliou o emedebista. A petista alegou que a mudança do domicílio eleitoral, às vésperas do fim do prazo para concorrer às eleições, justifica-se pela necessidade pessoal de acompanhar a mãe, Dilma Jane Rousseff, que está com 94 anos e necessita de cuidados especiais.

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Bruno admitiu ainda que a entrada de Dilma no tabuleiro eleitoral deve forçar a mudanças de peças. Assim, aposta que o novo cenário irá reforçar o discurso daqueles que, como ele mesmo, apóiam a tese que o MDB tenha candidatura própria ao Governo do estado e descarte a possibilidade de reeditar a dobradinha com o PT e apoiar o projeto de reeleição do governador Fernando Pimentel (PT).

“O MDB já teve uma resolução pela candidatura própria. Evidentemente, até a convenção (marcada para maio) este cenário pode modificar. Porém, a possível candidatura de Dilma pode acabar fortalecendo a questão da candidatura própria dentro do MDB. É uma tese defendida pela grande maioria dos prefeitos e dos convencionais do MDB e pelo presidente estadual do partido (o vice-governador Antônio Andrade, MDB).”

O ex-prefeito, no entanto, não apontou um nome específico para disputar o Governo pelo MDB, citando apenas o nome de Antônio Andrade como uma possibilidade. Recentemente, a legenda também cogitou o nome do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (MDB) como um possível postulante ao Poder Executivo estadual.
Conselheiro

Bruno se coloca como um parceiro e uma espécie de conselheiro de Antônio Almas (PSDB), que foi empossado na chefia do Poder Executivo juiz-forano no final da semana passada. Assim como Almas, o ex-prefeito também ressaltou a tendência de que o tucano vai dar sequência ao projeto de governo apresentado à sociedade nas eleições municipais de 2016. “Apesar de não estar à frente da Prefeitura, vou continuar ajudando o prefeito Antônio Almas, para que ele possa fazer um grande trabalho. Ele já mostrou a intenção de continuidade para a cidade com a manutenção de grande parte da equipe que construímos em conjunto.”

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