PSOL aprova candidatura de Lorene Figueiredo à PJF

Professora da UFJF é o quarto nome oficializado na disputa que já tem Wilson, Sheila e Margarida


Por Renato Salles

10/09/2020 às 15h32

O PSOL confirmou, na noite desta quarta-feira (9), a candidatura à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) da professora da Universidade federal de Juiz de Fora (UFJF) e sindicalista Lorene Figueiredo (PSOL). A validação ocorreu em convenção virtual realizada pelo partido, que também aprovou a aliança com o PCB e o Unidade Popular (UP). Intitulada “Por uma Juiz de Fora Solidária”, a chapa terá como vice-prefeito o servidor público Luiz Carlos Torres Martins Jr. (Kaizim, PCB). Lorene é a quarta oficializada na disputa pela PJF. As outras três candidaturas definidas anteriormente foram as do empresário Wilson Rezende (PSB), da deputada estadual Sheila Oliveira (PSL) e da deputada federal Margarida Salomão (PT).

Em entrevista à Tribuna, Lorene comentou que a construção da coligação entre PSOL, PCB e UP se deu naturalmente. “Foi a melhor possível. As conversas foram muito tranquilas. São companheiros de longa data. É uma união de partidos que têm em seus quadros ativistas. Não somos políticos profissionais. É uma unidade natural e que já existia, pois sempre nos encontramos nas lutas.”

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Agora candidata à PJF, a professora reforçou que as conversas se deram mais para a formação e organização das tarefas dentro do grupo político. Sobre a indicação de Kaizim como vice-prefeito, Lorene afirmou já conhecer o colega de chapa há cerca de 20 anos. “Praticamente, o conheço desde que cheguei a Juiz de Fora. Existe uma militância em que muitos companheiros se conhecem desde o movimento estudantil.”

Lorene Figueiredo e Luiz Carlos Torres Martins Jr tiveram nomes validados em convenção virtual realizada na noite desta quarta (Fogo: Divulgação)

Para a candidata, o PSOL chega fortalecido para disputar as eleições municipais deste ano. “Não estamos aqui para marcar posição, mas para disputar corações e mentes. Acredito muito na proposta do PSOL e naquilo que estamos construindo. Não só pelas proposições, mas também pela forma como estamos construindo. Temos as pessoas preparadas para fazer as tarefas”, afirmou a professora.

Candidato a vice-prefeito, Kaizim considerou as eleições como momento importante para “colocar nossas denúncias e alternativas, apresentando à população uma maneira como interpretamos as causas dos problemas da cidade e como pretendemos encaminhar suas soluções”.

“O nosso partido, como sempre, estará ao lado dos que lutam, dos que defendem os direitos da classe trabalhadora e manterá firme a bandeira do socialismo. Entendemos que, na atual conjuntura, a construção da unidade é de grande importância para o avanço dessas lutas. Por isso, vemos de forma bastante positiva termos chegado ao acordo que viabilizou essa coligação com os companheiros do PSOL e da UP, com os quais temos múltiplos pontos de convergência programática”, avaliou Kaizim.

‘Gabinete do Afeto’
Durante a campanha, o PSOL pretende colocar em prática ações que vêm sendo chamadas de “Gabinete do Afeto”. Desenvolvido por meios de voluntários, segundo o partido, a iniciativa visa a apresentação de um “projeto político coerente com propostas bem definidas que são desenvolvidas por meio de uma política de ‘chão’ e com ideais verticais que apresentem as demandas dos agentes sociais visando uma cidade solidária”.

“Defendemos a solidariedade como princípio basilar. Não uma solidariedade qualquer, mas aquela que foca na capacidade de ter compaixão, de sentir junto e também de construir junto uma sociedade”, disse a candidata do PSOL.

PSOL terá chapa com 18 candidatos à Câmara

Lorene afirmou que o partido tem expandido sua capilaridade. “O PSOL tem a fama de ser muito ligado às universidades. E isso também é bom, pois temos quadros de intelectuais e cientistas capazes se formalizar e executar ideias. Mas o partido tem crescido e se jogado para as lutas”, avaliou, lembrando a eleição de nomes como o da deputada federal por Minas Gerais Áurea Carolina (PSOL) e outras parlamentares eleitas pela sigla.

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“São as sementes de Marielle, mulheres negras e periféricas que mostram como o PSOL ganhou capilaridade nos movimentos sociais”, afirma a candidata à Prefeitura. Também presidente do diretório municipal do partido, Lorene reforça que a variedade de bandeiras sociais será contemplada pela chapa de 18 candidatas e candidatos do partido à Câmara Municipal.

Tópicos: eleições 2020

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