Empresário diz à CPI que preço e qualidade dos ônibus não têm relação

Por Paulo Cesar Magella

08/05/2019 às 10h34 - Atualizada 08/05/2019 às 20h21

A CPI dos Ônibus instalada pela Câmara Municipal, no primeiro depoimento na sua última fase antes do relatório final, ouviu, nesta segunda-feira,  empresário Ricardo Mendanha, consultor em transportes, ex-presidente da BH Trans e diretor da empresa RuaViva, contratada pela Prefeitura de Juiz de Fora depois da licitação feita em 2016 para analisar o equilíbrio financeiro do funcionamento do Transporte Público local. Durante uma hora e meia, ele abordou várias questões sobre o sistema de transporte coletivo. Segundo ele, não há relação em Juiz de Fora entre o valor da tarifa e a qualidade do serviço. Se a qualidade não é boa, o preço não é o responsável, mas sim a fiscalização da Settra junto às empresas. Ele refutou a tese de que a tarifa é baixa e que, por isso, as empresas não teriam capacidade para cumprir o contrato e suas condicionantes.

Tarifa é para equilibrar o sistema

Ainda no seu depoimento, Mendanha destacou que o preço da tarifa é calculado para equilibrar o sistema e as empresas tinham conhecimento disso quando assinaram o contrato. Disse, ainda, que no atual modelo, a Settra deveria ser a responsável pela vistoria e emissão dos laudos sobre as condições dos veículos e não como é feito hoje em que as próprias empresas fazem esse serviço. Ainda sobre as condições dos ônibus, ele falou que a vida útil dos veículos deveria ser contada a partir do momento que eles começam a operar e não a partir do momento que são revestidos pelas carrocerias.

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Falta fiscalização

Ricardo Mendanha disse que a atuação da sua empresa em Juiz de Fora serviu para reforçar a tese de que não há qualquer problema que impeça o funcionamento do transporte coletivo na cidade da forma como foi definido em licitação, desde que haja fiscalização atuante por parte da Prefeitura, o que, segundo ele,  não estaria acontecendo.

Paulo Cesar Magella

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