Doze vereadores juiz-foranos trocam de partido
MDB que elegeu a maior bancada em 2016 perdeu seus quatro parlamentares e não tem mais representatividade na Câmara
Doze dos 19 vereadores que integram a atual legislatura da Câmara Municipal de Juiz de Fora fizeram valer das prerrogativas da chamada janela partidária, que permitiu que os parlamentares municipais trocassem de partido para disputa das eleições municipais inicialmente agendada para acontecer em outubro. Assim, 63% dos legisladores estão de casa nova. O hiato legal que permitiu a dança das cadeiras teve duração de 30 dias e se expirou no último dia 3 de abril.
Entre as mudanças, a vereadora Ana Rossignoli trocou o MDB e assinou com o Patriotas. Adriano Miranda, que esteva sem partido desde que deixou o PHS, migrou para o PRTB. André Mariano trocou o PSC pelo PSL, que também acertou a filiação do presidente da Câmara, Luiz Otávio Coelho (Pardal), que se afastou do PTC. Por sua vez, Antônio Aguiar foi mais uma que deixou o MDB e acertou com o Democratas.
Ainda sobre as mudanças, Vagner Oliveira também deixou o PSC e foi para o PSB. Kennedy Ribeiro desembarcou do MDB para ingressar no PV. José Fiorilo trocou o PTC pelo PL. Marlon Siqueira se desfiliou do MDB e foi para o Progressistas. Nilton Militão saiu do PTC e foi para o PSD. Já o Cidadania acertou a chegada de dois vereadores: Rodrigo Mattos, que estava sem partido desde que deixou o PHS; e Wagner França, que não é mais associado ao PTB.
Assim outros sete permaneceram nas agremiações pelas quais se elegeram em 2016: Cido Reis, que segue no PSB; Carlos Alberto Mello (Casal), no PTB; João Coteca, que segue no PL, novo nome do PR; José Márcio (Garotinho), no PV; Júlio Obama Jr., que permanece no Podemos que incorporou o PHS, legenda pelo qual saiu candidato há quatro anos; e Juraci Scheffer e Wanderson Castelar, uma vez que ambos seguem no PT.
Reconfiguração
As trocas de partidos resultam em uma ampla reconfiguração partidária no Poder Legislativo de Juiz de Fora. No início da Legislatura, em janeiro de 2017, dez partidos tinham representação entre as 19 cadeiras da Câmara. Agora, após a reconfiguração partidária, o número de legendas representadas no Poder Legislativo juiz-forano cresceu 30% e chegou a 13.
Das dez siglas que detinham espaço no início da atual legislatura, cinco já não possuem mais representantes na Câmara. São eles: o MDB, o PHS, o PSC, o PTC e o PSDB. Sem dúvida alguma, o MDB foi quem mais perdeu. Em janeiro de 2017 e até março deste ano, a sigla tinha quatro vereadores. Após a janela partidária, o partido deixou de ter representatividade na Casa. Por sua vez, o PTC perdeu três cadeiras; o PHS e o PSC, duas; e o PSDB, uma.
Agora, nenhum partido possui mais de três vereadores. As maiores bancadas são formadas por dois vereadores. Seis partidos estão nesta condição: PL, PSB, PSL, PT, PV e o Cidadania, que só passou a ter representatividade na Casa após a incidência da janela partidária. Outros sete vereadores têm um só legislador: Democratas, Patriotas, Podemos, Progressistas, PRTB, PSD e PTB.
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