Servidores do HU suspendem greve em JF

Trabalhadores retornam ao trabalho nesta quinta-feira (7), mas categoria ainda não decidiu se aceita proposta do MEC e da Ebserh


Por Tribuna

06/06/2018 às 19h25- Atualizada 06/06/2018 às 23h37

Os servidores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) decidiram, nesta quarta-feira (6), suspender a greve da categoria nos Hospitais Universitários (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), iniciada na última terça. A decisão foi tomada após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) emitir liminar que obriga os servidores a retomarem os trabalhos, com mínimo de 80% de pessoal na área administrativa e 100% na área médica.

De acordo com a delegada regional do Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais (Sindsep-MG), Isabel Aparecida Tomáz, a categoria optou pela suspensão de todo o movimento grevista, enquanto a proposta de reajuste salarial apresentada pela direção da Ebserh e pelo Ministério da Educação (MEC) é analisada. Com isso, todos os servidores voltam ao trabalho nesta quinta (7).

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Segundo Isabel, a categoria vai manter o estado de greve enquanto aguarda o desenrolar das negociações. Durante esse período, servidores foram orientados a trabalhar com uma blusa preta, como forma de protesto.

Proposta

Em troca do fim da greve, o MEC e a Ebersh propõem o pagamento de 100% do IPCA, referente a campanha salarial de março de 2017, que é de 4,76%. Com relação ao pagamento retroativo de recomposição das perdas, a sugestão é de quitação de apenas 70% do total acumulado em duas parcelas, pagas ainda neste ano. Para o acordo salarial de 2018, a proposta é de aplicação de 70% do IPCA acumulado no período – calculado em 1,98%. Também seriam mantidas as cláusulas sociais e a inclusão da possibilidade de haver 30 minutos de intervalo para almoço.

Durante a manhã desta quarta, antes de receber a notificação do TST, os servidores se mobilizaram em frente ao HU, da unidade de Santa Catarina, para uma passeata. Eles caminharam até o Hemominas, no Centro, com cartazes e distribuindo panfletos. No local, cerca de 25 trabalhadores doaram sangue e se cadastraram para doação de medula.

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