Jovens e idosos vão às urnas em JF
Nem mesmo as dificuldades de acesso impediram que a cadeirante Sebastiana Maria dos Santos Barbosa, 67 anos, exercesse seu direito de cidadã neste domingo (5). Acompanhada do filho Armando dos Santos, 47 anos, ela percorreu as cinco quadras que separam sua casa, no Bairro Nossa Senhora das Graças, da seção eleitoral no Cesport, em Santa Terezinha. “Foi difícil chegar, mas vim mesmo assim.” O filho de Dona Sebastiana reclamou das condições das calçadas. “Faltam rampas, e o passeio está muito esburacado.”
Com apoio de uma bengala para caminhar, Vera Ribeiro, 46, também disse ter sentido dificuldade para chegar à sua seção, na Unipac do Alto dos Passos. “Nas próximas eleições vou tentar transferir para um local mais plano, porque faço questão de votar.”
Idosos e adolescentes
Apesar de o voto não ser obrigatório para idosos e adolescentes, muitos deles compareceram aos locais de votação neste primeiro turno. Com sorriso no rosto e extrema simpatia, o casal Agostinho Beethoven Macedo Beguelli, 87, e Ivone Silva Beguelli, 82, também fez questão de votar. Os dois compareceram à seção no Colégio Granbery, na região central, e deram uma verdadeira lição nestas eleições. “Eu já estou ultrapassado, mas pretendo continuar votando, porque acho que faz parte da cidadania”, disse Beethoven. Questionado sobre a famosa “colinha”, ele revelou: “claro que trouxe tudo anotado, minha cabeça não é computador.” Ao lado do marido, Ivone também falou da importância de ir às urnas: “Um voto pode fazer toda a diferença. Precisamos melhorar a situação do Brasil.”
Já o casal de adolescentes Júlia Rúbio e Iago Cardoso, ambos de 17 anos, está votando pela primeira vez. “Fiz o título por influência dos meus pais, que sempre me estimularam a votar. Assisti aos programas pela TV e me preparei para decidir quais candidatos escolher. Olho mais o passado dos políticos, porque propostas todos fazem”, revelou Júlia. Embora não precise escolher governantes antes dos 18 anos, Iago compareceu à seção no Cesport, assim como a namorada.” Acho importante darmos nosso voto. Também olho as propostas e voto de acordo com as que me agradam, vendo as que são possíveis de ser cumpridas.”
Família reunida
Mesmo tendo dado à luz há poucos dias, Kenya Alonso, 31, foi às urnas com o marido, o servidor Antônio Carlos Júnior, 30, e os filhos João Guilherme, de apenas 10 dias, e Maria Eduarda, 5 anos. “É um momento muito importante, porque vamos definir quem vai governar pelos próximos quatro anos”, afirmou Kenya. O marido fez coro: “A cada dois anos temos a oportunidade de escolher com consciência pessoas que vão nos representar e desenvolver as melhores políticas públicas, como na área da educação.”