Marcus Pestana lança pré-candidatura ao Governo de Minas em JF

Tucano destaca experiência política e administrativa e se coloca como opção “equilibrada e sensata” ante a polarização entre Zema e Kalil


Por Carolina Leonel

03/06/2022 às 19h59- Atualizada 04/06/2022 às 16h40

Marcus Pestana (ao centro) concedeu entrevista coletiva à imprensa ao lado do coordenador estadual de campanha, Antônio Jorge (à esq.); do articulista do PSDB em JF, Eduardo Schroder (à esq. de Marcus); e dos pré-candidatos a deputada estadual e federal, Débora Lovisi e Daniel Giotti (à dir.) (Foto: Fernando Priamo)

Após ter a pré-candidatura pelo PSDB ao Governo de Minas lançada nesta quinta-feira (2), durante o 37º Congresso Mineiros dos Municípios, o ex-deputado federal, o juiz-forano Marcus Pestana, realizou o lançamento regional em Juiz de Fora, na tarde desta sexta-feira (3). Em entrevista à imprensa, o tucano, que havia “pendurado as chuteiras” da vida pública, afirmou ter aceito o desafio ante o cenário político que se desenha em Minas Gerais, polarizado pelo atual governador, Romeu Zema (Novo), e o ex-prefeito de Belo Horizonte, também pré-candidato ao Governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD).

Nesse sentido, Pestana se coloca como opção da “terceira via”, defendendo a política como campo de diálogo e do debate de ideias. “A candidatura surgiu a partir de um diagnóstico da realidade e de uma insatisfação do cenário. Eu fui procurado por prefeitos, vereadores, deputados do PSDB e outros aliados”, conta.

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O pré-candidato se colocou avesso ao que chamam de “nova política” e criticou a polarização política, a qual chamou de “destrutiva”. “A polarização entre Zema e Kalil não é satisfatória para o Governo, Minas merece mais”, disse. Na avaliação do político, que já esteve no Executivo estadual como secretário de Planejamento e Orçamento e de Saúde, Zema, “apesar de parecer uma pessoa bem intencionada, não tem a estatura e visão de governador de um Estado que já teve Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Itamar Franco e Aureliano Chaves”. Já a Kalil, Pestana atribuiu adjetivos como “sinceridade rude” e afirmou que falta disposição para o diálogo por parte do pessebista.

Apesar das críticas, o ex-deputado afirmou que, caso eleito pelo povo mineiro, pretende “tomar um cafezinho” com os adversários políticos na semana seguinte às eleições para discutir sobre o futuro do estado. “Em Minas, quem briga são as ideias, não pessoas”, disse citando Tancredo.

Marcus Pestana é economista de formação e possui 40 anos de vida pública. Foi vereador em Juiz de Fora em 1982, e secretário de Governo da PJF entre 1993 e 1994. Em 1998, assumiu a Secretaria de Estado de Planejamento e, em 2003, a de Saúde. Foi secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente em 2002 e deputado federal em 2011 e 2015.

Para a nova empreitada, o tucano afirma estar preparado e se diz determinado a fazer com que com a Zona da Mata volte a ter um representante no Palácio da Liberdade, 20 anos após Itamar Franco deixar o cargo. “Eu tenho experiência administrativa e política, e posso dizer que tenho (a capacidade do) diálogo, a base para construção de soluções”, afirmou, se colocando como uma opção “equilibrada e sensata”. “A Zona da Mata tem grandes desafios, e atravessa um processo crônico de estagnação econômica; eu acho que ter um governador daqui pode ser um ponto de apoio importante para reversão dessa tendência”.

Alianças

A vice candidatura à chapa de Marcus Pestana ainda está em aberto. Ele afirma que está em conversa com o MDB, o Cidadania, com o PDT e com o União Brasil. “Até julho, vamos fechar esse entendimento”, disse.

Para os próximos dias, o tucano aguarda as articulações partidárias a nível federal. Na próxima quinta, o PSDB definirá, em Brasília, se terá candidato próprio à Presidência da República ou baterá o martelo em relação ao apoio à candidatura de Simone Tebet (MDB). A definição terá um impacto direto na campanha ao Governo de Minas.

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Tópicos: eleições 2022

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