“Estamos chegando ao fim do ano com déficit zero”, diz Margarida

Durante entrevista para Rádio Transamérica, prefeita de Juiz de Fora comentou sobre a previsão do orçamento municipal para 2023


Por Tribuna

01/11/2022 às 14h45

A dois meses de se encerrar o ano, o orçamento municipal para 2022 está perto de ser concluído sem nenhum déficit e com todas as contas quitadas. A informação foi dada pela prefeita Margarida Salomão (PT) durante entrevista para a Rádio Transamérica Juiz de Fora na manhã desta terça-feira (1º de novembro), ao ser questionada sobre a previsão orçamentária para 2023, cuja expectativa é que o déficit orçamentário seja de R$ 117 milhões.

De acordo com a chefe do Executivo, a previsão do déficit acontece em um cenário no qual as receitas do município se aproximam dos R$ 3 bilhões. Assim como houve em 2021 e está ocorrendo em 2022, onde a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) conseguiu superar os déficits anteriormente previstos, Margarida conjectura que a administração municipal também conseguirá cobrir as despesas no próximo ano. “Em 2021, eu recebi um orçamento com déficit de R$ 70 milhões, e chegamos ao fim do ano com déficit zero, porque conseguimos fazer a gestão da melhor maneira”, aponta. “No começo de 2022, a Câmara Municipal votou um déficit de R$ 54 milhões. Estamos chegando ao final do ano com déficit zero, e não temos uma conta atrasada”, garante.

PUBLICIDADE
Margarida Salomão concedeu entrevista à Rádio Transamérica Juiz de Fora na manhã desta terça-feira (Foto: Cris Hubner)

A prefeita ainda destacou que, nos últimos dois anos, a PJF mudou de categoria na Capacidade de Pagamento (Capag), um indicador do Tesouro Nacional. Antes, Juiz de Fora estava na categoria C, mas no ano passado mudou para a B. “Até o fim do meu governo, vamos chegar em A, porque gostamos de tirar nota máxima”, projeta.

Margarida ainda exemplificou, durante a entrevista, uma situação hipotética na qual se uma pessoa ganha R$ 986,40, mas tem previsão de gastos de R$ 1.000, ela tomará alguma ação para cobrir os R$ 13,60 de déficit. “Ou eu trabalho mais para chegar no fim do mês com o déficit zerado, ou vou fazer algum ajuste para cortar na minha projeção de R$ 1.000”, diz. “É uma previsão, não uma fatalidade ou condenação. Só que nós achamos que devemos impor transparência, então é preferível ter orçamento transparente do que um orçamento secreto”, aponta a prefeita.

O projeto de lei que define o orçamento municipal para o exercício financeiro de 2023 já está em tramitação na Câmara dos Vereadores. De autoria da PJF, a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023 estima as receitas do Município para o ano que vem em R$ 2.997.976.486,61 e fixa as despesas em R$ 3.114.976.486,61.

Eleição de Lula

Também durante a entrevista à Rádio Transamérica JF, a prefeita Margarida Salomão comentou o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso. Juiz de Fora teve um papel importante nos votos de Minas para o presidente eleito. Em todo o estado, a diferença entre Lula e Jair Bolsonaro (PL) foi de pouco mais de 49 mil votos, já que o petista recebeu um total de 6.190.960 votos contra 6.141.310 votos para Bolsonaro. Só em Juiz de Fora, Lula conseguiu 39 mil votos a mais, já que o presidente eleito somou 180.954 votos e, Bolsonaro, 141.651.

“Você tem, em Juiz de Fora, uma tendência muito grande de voto nos setores populares”, atribui Margarida. “Nossa expectativa agora é que possamos contar com o Governo federal para desenvolvermos grandes projetos que a cidade necessita”.

Questionada sobre a relação com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que apoiou Bolsonaro durante o primeiro turno, a prefeita aponta que as diferenças de posicionamento político não devem interferir. “Nós temos o direito de mantermos posicionamentos diferentes, não obstante sermos capazes de dialogar em favor do poder público”, diz. “Tão logo foi proclamado o resultado das urnas, o governador Zema prontamente cumprimentou o presidente Lula e, civilizadamente, manifestou sua expectativa de que o estado de Minas Gerais seja tratado com a importância que tem”, relembra a chefe do executivo.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.