Sem surpresas, Rodrigo Mattos é reeleito


Por Renato Salles

01/01/2017 às 20h31- Atualizada 01/01/2017 às 21h08

Fernando PriamoEm cerimônia realizada no Cine-Thetro Central, os 19 vereadores eleitos nas eleições de outubro foram empossados para os quatro anos da legisaltura 2017-2020. Reeleito para o quarto mandato consecutivo, o presidente da Casa no biênio 2015/2016 presidiu a sessão. Além do tucano, reassumiram o cargo Ana Rossignoli (PMDB), André Mariano (PSC), Antônio Aguiar (PMDB), Cido Reis (PSB), José Fiorilo (PTC), José Márcio (PV), Vagner de Oliveira (PSC), Luiz Otávio Coelho (Pardal, PTC), Roberto Cupolillo (Betão, PT) e Wanderson Castelar. Entre os que iniciam o primeiro mandato, tomaram posse Adriano Miranda (PHS), Sargento Mello (PTB), Charlles Evangelista (PP), João Coteca (PR), Júlio Obama Jr. (PHS), Keneddy Ribeiro (PMDB), Marlon Siqueira (PMDB), Sheila Oliveira (PTC).

Para comandar os trabalhos de instalação da , Rodrigo Mattos nomeou o vereador Cido Reis como secretário ad-hoc. Tão logo a legislatura foi oficializada, começaram os trabalhos para a eleição da Mesa Diretora para o biênio 2017/2018. A contenda correu sem surpresas. Como as articulações iniciadas ainda em outubro indicavam, Rodrigo encabeçou chapa única, sendo reeleito presidente da Casa. Sem adversários, o tucano obteve apoio da ampla maioria da Casa e irá comandar a direção executiva do Poder Legislativo, tendo Antônio Aguiar como 1o vice-presidente; José Márcio, 2o vice-presidente; Sheila Oliveira, 1a secretária; e Pardal, 2o secretária. O único voto contrário foi manifestado por Betão, que pediu direito a declaração de voto.

PUBLICIDADE

“Fiz questão de votar contra em função de três razões. Vivemos um processo eleitoral para presidente da Câmara em que não há um debate público. Não há a possibilidade de ter candidaturas avulsas. Em segundo lugar, ainda não foi cumprida a promessa de realização de um concurso público na Câmara Municipal. Por último, não estamos vivendo um processo normal. O Brasil passa por um ‘golpe'”. Sob algumas vaias, o parlamentar afirmou que manterá seu mandato focado em defesa dos interesses da classe trabalhadora e contrário aquilo que rotula como retrocessos propostos pelo Governo federal, na figura do presidente Michel Temer (PMDB).

Com a presidência da Câmara renovada por mais dois anos, Rodrigo agradeceu o apoio e depositou confiança nos colegas de Mesa Diretora. O tucano reforçou o anseio de aumentar o número de profissionais concursados no Palácio Barbosa Lima. O edital para a contratação de até 30 profissionais, que, segundo, Rodrigo, será colocado em prática. “Vamos conseguir equilibrar a relação entre servidores efetivos e concursados. Tenho convicção de que, muito em breve, essa balança vai pesar mais para o lado dos efetivos, como deve ser em uma República.”

O presidente da Câmara lembrou ainda a decisão de não dar sequência à intenção de construir uma nova sede para o Poder Legislativo municipal em terreno no Terreirão do Samba. O intuito era defendido pelo seu antecessor, o ex-vereador Julio Gasparette (PMDB), nomeado como novo secretário de Esporte e Lazer pelo prefeito reeleito Bruno Siqueira (PMDB). “Conseguimos realocar em outro espaço alguns setores do Legislativo. Iniciamos um processo de reforço estrutural e reestruturação elétrica da nossa velha Casa. Nos próximos dois anos, vamos readequar o Plenário, melhorando a acústica e a iluminação, além da acessibilidade para aqueles que acompanham nosso trabalho de perto.”

Emocionado, Rodrigo ainda citou o pai, o ex-prefeito Custódio Mattos (PSDB), a mãe e aos filhos. “Temos a certeza de estar buscando um futuro melhor para vocês.” O presidente da Câmara ainda tratou o prefeito eleito Bruno Siqueira (PMDB) como amigo pessoal e defendeu que a ponte mais importante construída pelo peemedebista foi a que uniu PMDB e PSDB, ajudando a eleger o próprio Bruno e o vice-prefeito Antônio Almas (PSDB).

TV Câmara

Rodrigo ainda renovou o anseio de levar as transmissões da TV Câmara, hoje veiculadas pela internet e por uma operadora de TV a cabo, para o sinal aberto ainda este ano. “Trata-se de um marco de transparência do Poder Legislativo de Juiz de Fora. Mais do que isso, queremos construir o canal de comunicação pública do município de Juiz de Fora. Por meio de parcerias com entidades, associações e instituições, queremos ouvir e falar para os juiz-foranos.”

Participaram da solenidade representantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), das polícias civil e militar, da igreja católica, da defensoria público e da Unijuf. O vice-governador Antônio Andrade (PMDB) encaminhou um texto parabenizando os vereadores, prefeito Bruno Siqueira (PMDB) e o vice-prefeito Antônio Almas (PSDB) pela posse. Coube à cantora Alessandra Crispin interpretar o Hino Nacional e o Hino de Juiz de Fora durante o evento.

posse-central-cantoria

Juramento

Logo no início da sessão, os 19 vereadores ficaram de pé para ratificar o compromisso com o mandato. “Prometo cumprir a Constituição da República, a Constituição do Estado de Minas Gerais, a Lei  Orgânica do Município de Juiz de Fora e o Regimento Interno da Câmara Municipal, respeitar as leis, desempenhar com retidão o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do Município e pelo bem-estar do povo”, discursou o presidente da sessão, o vereador Rodrigo Mattos.

O conteúdo continua após o anúncio

‘Fora, Temer’

Durante a apresentação nominal dos vereadores eleitos para a próxima legislatura, um pequeno grupo de presentes fez um protesto contra o Governo federal quando o nome de Betão, parlamentar reeleito pelo PT, foi anunciado. Aos gritos de “fora, Temer”, os manifestantes pediram a saída do presidente Michel Temer do comando do Poder Executivo nacional.

No momento do juramento dos parlamentares empossados, Betão reforçou o coro e citou a palavra de ordem “fora, Temer”, sob vaias e aplausos. Castelar também manteve o tom partidário.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.