Pimentel quer abrir administração e ouvir mineiros


Por Luciane Faquini

01/01/2015 às 12h49

O governador Fernando Pimentel (PT) foi empossado na manhã desta quinta-feira (1) com a promessa de avançar na construção de uma gestão participativa e descentralizada. Em cerimônia realizada na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, Pimentel falou sobre os desafios que seu partido terá em sua primeira gestão à frente do Executivo mineiro. “A interação, a conexão, a convergência e a colaboração não podem ser conceitos que existem na prática de todos, menos na prática dos governos. O nosso grande desafio é tirar o governo do isolamento, de uma política antiquada. Temos que abrir a administração, ouvir os mineiros, modernizar a plataforma social chamada governo. Quanto mais o governo se abre, mais se fortalece”, afirmou, durante solenidade conduzida pelo presidente da ALMG, o deputado estadual Dinis Pinheiro (PP).”

Antes da solenidade, o novo governador mineiro fez críticas veladas aos seus antecessores e disparou contra os tucanos, que, praticamente, mantiveram-se no Governo de Minas pelos últimos 12 anos. “Vamos fazer um governo participativo. Vamos abrir o governo para a participação do cidadão e da cidadã. Não vamos governar trancados nos gabinetes.” Segundo o petista, a partir de amanhã será implantado um novo modelo de gestão no Palácio Tiradentes. “A partir de amanhã vamos ter os dados necessários. Certamente, com um prazo relativamente, curto vamos apresentar a Minas um balanço da situação do Estado. Não um balanço financeiro, contábil, mas um balanço da situação geral: social, econômica, institucional, para que todos os mineiros e mineiras possam saber qual nosso ponto de partida. Não é um olhar para o passado. É um olhar para o futuro. De onde estamos partindo e onde queremos chegar, declarou à imprensa da capital.

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Após a solenidade na ALMG, Pimentel seguiu para o Palácio da Liberdade, onde recebeu de forma oficial o cargo das mãos do agora ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP), que chegou a ser vaiado por militantes. Das mãos de seu antecessor, o novo chefe do Executivo estadual recebeu a Medalha da Inconfidência, maior honraria do Estado. Durante o evento, o petista assinou os documentos que empossou seu futuro secretariado, anunciado por nota oficial na última terça-feira. “Espero um governo que seja realmente de todos. Minas Gerais não tem dono, não tem rei, não tem imperador”, declarou Pimentel, em clara alusão ao fim da hegemonia de 12 anos em que o grupo político do senador Aécio Neves (PMDB) comandou o estado.

Protocolo
A posse de Fernando Pimentel e do vice-governador Antônio Andrade (PMDB) ocorreu pela manhã. Os futuros gestores estaduais chegaram ao Hall das Bandeiras da ALMG, passaram pelos dragões da Inconfidência e foram recepcionados por uma comitiva composta por um grupo de parlamentares formado pelos deputados Ivair Nogueira (PMDB), Adalclever Lopes (PMDB), Sávio Souza Cruz (PMDB), Durval Ângelo (PT), Ulysses Gomes (PT), Adelmo Carneiro Leão (PT), Tiago Ulisses (PV), Hely Tarqüinio (PV) e Bosco (PTdoB). Em seguida, eles foram recepcionados por outras autoridades municipais como prefeitos, vice-prefeitos, presidentes de câmaras municipais e vereadores, antes de serem empossados em Plenário.

Ainda compuseram a mesa de cerimônia os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges (que integrará o primeiro escalão do Governo de Minas); o vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Fernando Caldeira Brant; o procurador-geral de Justiça, Carlos André Mariani Bittencourt; a defensora pública-geral do Estado, Christiane Neves Procópio Malard; o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB); os deputados federais Reginaldo Lopes (PT) e Mauro Lopes (PMDB); o presidente eleito da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PTN); e o 2º-secretário da ALMG, deputado Neider Moreira (PSD).

Após o evento oficial, o novo governador seguiu para Brasília para acompanhar a posse da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT).

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