Minas já passou pelo pico de casos de Covid-19, afirma secretário estadual de saúde

Expectativa da SES-MG é que o número de óbitos no estado passe a diminuir nas duas próximas semanas, após pior momento da onda causada pela variante Ômicron


Por Gabriel Silva

10/02/2022 às 12h52

O estado de Minas Gerais já passou pelo pico de infecções pela variante Ômicron da Covid-19. É o que aponta o monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), de acordo com o secretário Fábio Baccheretti. Durante coletiva realizada pela pasta na manhã desta quinta-feira (10), o titular da Saúde informou que o ponto de maior proliferação da doença ocorreu nos dois primeiros dias de fevereiro. Como consequência, de acordo com Baccheretti, as internações também começaram a diminuir no estado, movimento que deve ocorrer com o número de óbitos causados pela doença ao longo das duas próximas semanas.

Segundo o secretário, determinadas regiões do estado ainda não tiveram queda de casos, mas, de modo geral, a média móvel passa por redução contínua. O movimento natural, de acordo com a observação da SES, é que o abrandamento ocorra nas hospitalizações. “Da mesma forma, está começando a cair pacientes aguardando internação e, daqui a duas semanas, começam a cair os óbitos. É algo natural de qualquer onda que nós vimos na pandemia”, analisa Baccheretti.

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Os óbitos constatados agora, afirma o secretário, estão relacionados com internações que ocorreram há cerca de duas semanas. Os números de infecções apontadas pelos boletins epidemiológicos do estado, entretanto, ainda são altos. Nesta quinta, a SES confirmou 26.306 contaminações no espaço de 24 horas, além de 128 mortes causadas pela Covid-19 no estado. O número de casos ativos em Minas chega a 241.895, também de acordo com o informativo mais recente da secretaria estadual.

Durante o mês de janeiro, os informativos apontaram uma série de recordes de casos confirmados em 24 horas. No dia 14, foi estabelecida a marca de 18.910 contaminações em um dia, maior crescimento até então. Entretanto, o número cresceu até alcançar o recorde de 36.383 confirmações em um único dia, marca registrada em 26 de janeiro.

Em Juiz de Fora, a reportagem da Tribuna observou a explosão na procura por atendimento médico e testes de Covid-19 já na primeira semana de janeiro, o que se agravou na semana seguinte. Posteriormente, ainda no final do primeiro mês do ano, as internações já haviam triplicado no município e a ocupação em leitos Covid ultrapassou 90% na enfermaria e nas UTIs.

Sem prazo para retirada das máscaras

Também na coletiva, o secretário estadual classificou como “precoce” iniciativas municipais para a retirada da obrigação do uso de máscaras, mesmo em locais que passam por queda de contaminações. “Ainda é cedo, na avaliação da Secretaria, para abandonar as medidas sanitárias não farmacológicas, como o uso de máscaras, distanciamento social e higiene das mãos. Há uma expectativa das pessoas para que possamos normalizar a vida como um todo, mas ainda temos muito vírus circulando”, alerta Fábio Baccheretti.

Duas milhões com atraso vacinal

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De acordo com o titular da SES, mais de duas milhões de pessoas ainda não buscaram a segunda dose de vacina contra a Covid-19, enquanto outra parcela da população, não informada pelo secretário, está com a terceira dose atrasada. “A vacina está disponível em todo o estado para que a gente consiga vencer de vez a pandemia e virar essa página”, aponta Baccheretti. Por outro lado, 400 mil crianças já tomaram a primeira dose de vacina, número que deve ultrapassar 1,2 milhão pela disponibilidade de imunizantes do estado.

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