Projeto que atende 1.600 crianças precisa de novo espaço físico em JF

“Social Life” atua há 23 anos no Santa Efigênia com aulas de jiu-jítsu, futebol e assistencialismo a 480 famílias, além de cobrar bom desempenho na escola


Por Davi Sampaio, estagiário sob a supervisão do editor Bruno Kaehler

29/01/2023 às 06h00- Atualizada 29/01/2023 às 06h09

O projeto “Social Life”, que oferece distribuição de cestas básicas e remédios, marcações de consultas médicas e auxílio jurídico para mais de 480 famílias e 1.600 crianças do Bairro Santa Efigênia, na região Sul de Juiz de Fora, está em busca de um espaço físico maior para que possa fazer o serviço completo de assistencialismo, com aulas de jiu-jítsu e futebol para crianças. É o que explica o presidente do projeto atuante há 23 anos, Kleyton Oliveira.

“Antes da pandemia, o projeto tinha parceria com a Escola Municipal Bela Aurora. Mas a atual Prefeitura não liberou a volta para a escola. Agora eu atendo no escritório, fazemos bate-papo e reuniões, só que é temporário, não consigo dar as aulas de futebol e as de jiu-jítsu dou na minha casa. Para eu adquirir uma inspeção municipal, que é a vistoria feita pela Prefeitura para que eles fiscalizem o funcionamento do projeto social, preciso ter um espaço maior, que funcione todos os dias. Com isso, eu posso receber emendas parlamentares para dar continuidade às ações”, diz o presidente.

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A Tribuna procurou a Prefeitura de Juiz de Fora, que afirmou, em nota, que “no início da pandemia, as atividades presenciais deixaram de ser realizadas na escola. Em 2022, com a retomada das atividades presenciais, o responsável pelo projeto foi orientado a formalizar, via Prefeitura Ágil, a solicitação de uso do espaço da escola, o que não ocorreu até a presente data.”

Jovens integrantes do projeto que frequentam as aulas de jiu-jítsu (Foto: Divulgação)

Além dos esportes e do assistencialismo, há parcerias com algumas modelos locais. “Elas dão aulas para as crianças, inclusive a miss (Amanda Couto) que representou nossa cidade no Miss Universo”, conta Kleyton, que reforça também a necessidade de rendimento educacional. “Nosso objetivo é tirar as crianças das ruas dando uma direção para elas. Quando a família chega, a criança precisa estar matriculada, vacinar e apresentar as notas de seis em seis meses. Além dos esportes, é um retorno que eles dão para o projeto na escola e também para a sociedade, se tornando pessoas melhores”, entende.

Ainda conforme Kleyton, o projeto entrega felicidade diária por ser útil para várias famílias. “Sempre vi dificuldades aqui no nosso bairro, cresci com isso. E é em qualquer comunidade. Aqui é nosso porto seguro, onde acordamos, passamos o dia, voltamos de noite, dormimos aqui. O projeto veio para modificar a figura da nossa comunidade através do assistencialismo e do esporte. Ele salva a vidas das crianças, que representam nosso futuro. Já vi muitas saírem do mundo das drogas através dos esportes e da melhoria nas escolas”, afirma.

No momento, o projeto precisa de ajuda financeira para manter e aumentar o número famílias atendidas. “Quero que as empresas privadas acreditem no nosso trabalho, sejam nossos parceiros. Como hoje funcionamos praticamente só com ajuda de alguns amigos, acho que se tivermos mais ajuda em recurso, nosso trabalho irá evoluir ainda mais”, pretende Kleyton, que disponibiliza o contato (32)99828-1521 para outras informações.

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