‘Plantamos a semente’


Por Wallace Mattos

28/10/2014 às 07h00- Atualizada 28/10/2014 às 10h25

Léo Condé em seu último jogo comandando o Tupi em 2014

Léo Condé em seu último jogo comandando o Tupi em 2014

PUBLICIDADE

Após a eliminação nas quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro no último sábado, com a derrota por 1 a 0 para o Paysandu, no Estádio Municipal, em Juiz de Fora, o Tupi se reapresenta hoje à tarde. Como o time não tem mais compromissos por nenhuma competição nessa temporada – a próxima competição é o Campeonato Mineiro 2015, que tem previsão de início para fevereiro do próximo ano -, atletas, comissão técnica e diretoria começarão a definir seu futuro, além de se reunirem para avaliar a participação do Carijó na Terceirona de 2014.

Ontem, o técnico do Alvinegro de Santa Terezinha, Léo Condé, fez um balanço da participação do Tupi na Série C. Segundo o comandante carijó, a situação que o clube passa agora não é totalmente inédita. “Quando disputamos o acesso da Série D para a C em 2009 e acabamos perdendo para o Macaé, disse logo depois que a semente estava plantada. Pouco tempo mais tarde, veio a subida. De novo, acontece da mesma forma. Novamente plantamos a semente, e o clube precisa agora se habituar a brigar lá em cima que, mais cedo ou mais tarde, sobe para a B”, prevê o treinador.

Na avaliação de Condé, a campanha do Tupi na Série C cumpriu seu principal objetivo, foi além do que se esperava e tem que ser destacada. “Quando o Cloves (Santos, presidente do conselho gestor do Carijó) me ligou, o objetivo era claro: permanecer na divisão. Isso foi cumprido com antecipação, em um grupo com adversários de tradição. A equipe foi se moldando durante a disputa, tivemos a parada para a Copa, na qual demos uma encorpada e imprimimos nossa maneira de jogar, e fizemos grandes partidas após isso”, relembra.

Para o treinador, o acesso não se concretizou por muito pouco. “No mata-mata, pegamos um adversário com cancha e que cresceu na reta final da primeira fase, conseguindo a classificação na última rodada. Na minha opinião, fizemos um confronto equilibrado, não foram dois bons jogos, mas foram partidas parelhas. O acesso acabou sendo decidido no detalhe. A gente fica chateado de não ter subido, mas não podemos ignorar o bom trabalho desenvolvido”, diz Condé.

Segundo o comandante alvinegro, as lições deixadas pela participação do Tupi na Série C este ano são positivas. “O que fica para mim como aprendizado é que, fazendo a coisa bem feita, com organização, é possível superar as dificuldades e viabilizar o futebol profissional aqui. Trabalhamos com um elenco reduzido, convencemos atletas a se agregarem ao projeto, a diretoria se esforçou e manteve em dia os salários e, mesmo com recursos reduzidos, deixamos para trás equipes com mais de três vezes o que tínhamos disponível financeiramente”, destaca Condé, que não tem sondagens de outros clubes e espera se reunir hoje e amanhã com a diretoria do Alvinegro para decidir seu futuro.

E se Condé ainda não sabe seu futuro em Santa Terezinha, o mesmo não pode ser dito do diretor-executivo Alberto Simão. Ontem, depois de dois anos à frente do futebol do Tupi, ele anunciou que deixa o Carijó com o término desta temporada. O comunicado foi feito através de sua conta pessoal no Twitter, juntamente com o agradecimento pelos dois anos de parceria com o clube de Juiz de Fora. “Comunico aos amigos que deixei o cargo de diretor executivo do Tupi FC após 2 anos de grandes conquistas e aprendizados. Novos desafios em breve”, diz Simão na postagem.

O conteúdo continua após o anúncio

À Tribuna, o agora ex-dirigente do Carijó afirmou que, mesmo fora do dia a dia do clube, vai continuar colaborando. “Foram dois anos de muita luta e dedicação. Ficam as coisas boas, o carinho e as amizades. No que puder ajudar, vou estar sempre disposto a colaborar com o Tupi. Mas a hora é de, primeiro descansar e depois assumir novos desafios. Foi uma saída sem mágoas e sem estresse”, disse Simão, sem se estender mais no assunto.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.