Priscila Macêdo é convocada ao Sul-Americano de Tiro Esportivo e mira Paris 2024
Juiz-forana compete na fossa olímpica, modalidade do tiro esportivo, mas precisa de apoio para treinos e competições classificatórias
A caminhada de Priscila Macêdo Campos no tiro esportivo começou em 2016, em uma área tomada pelo universo masculino, sem tradição entre as mulheres. Nada que freasse o desejo da juiz-forana em fazer história. Passados seis anos, ela detém importantes conquistas Brasil afora, como a prata no Sul-Americano de 2019 e o bicampeonato brasileiro em 2019 e 2020 na fossa olímpica, modalidade que consiste em atirar em pratos ou discos lançados no ar a cerca de 100 km/h. Mas a atleta de 30 anos quer muito mais. Priscila foi convocada pela Confederação Brasileira de Tiro Esportivo a disputar os Jogos Sul-Americanos de Assunção, no Paraguai, entre os dias 8 e 14 de outubro.
O chamado partiu do rendimento da esportista local. Ela lidera o Campeonato Brasileiro e é a segunda colocada no Ranking Qualidade, que serve de base para as convocações. Nesta lista, ela se encontra atrás apenas da paranaense Camilla Alexandra Cosmoski.
A juiz-forana ainda divide a rotina entre o trabalho, os cuidados à filha Pietra e o aperfeiçoamento no esporte. “Treino de cinco a seis vezes por semana. De segunda a sábado, no Clube de Tiro, Caça e Pesca de Juiz de Fora, e aos domingos no Centro Nacional de Tiro Esportivo, onde foram as Olimpíadas de 2016”, conta à Tribuna.
É que Priscila quer mais. Seu foco é direcionado à obtenção de uma vaga na Olimpíada de Paris, em 2024. “Um dos caminhos é ganhar algum campeonato mundial, e o outro seria através do Pan-Americano de 2023 ou do Campeonato das Américas de Tiro, que acontece em novembro deste ano, no Peru. Além de ganhar esses campeonatos, tenho que me manter no ranking, já que na verdade a vaga é para o país e não para o atleta”, explica.
O Sul-Americano no Paraguai serve, também, como competição classificatória para o Pan-Americano citado por Priscila como um dos caminhos para chegar na principal competição esportiva do planeta na França. Certo é que a juiz-forana tem que estar presente nas principais competições não só nacionais, como no exterior.
Mas há um alvo difícil de a atiradora acertar, deficitário também na rotina da maioria dos outros atletas da cidade: o acordo com patrocinadores. Para se ter uma ideia, Priscila tem um gasto maior que outros esportes, na média, porque precisa arcar com despesas até mesmo dos pratos que utiliza nas suas atividades diárias, assim como a munição e a arma. “Estou buscando parcerias para me acompanharem no preparo físico e mental, e também empresas que tenham interesse em ajudar com custos de treinamentos e viagens”, conta a atleta, que ainda não sabe se terá o apoio do Comitê Olímpico Brasileiro antes de estar confirmada em Paris 2024.
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