Números ofensivos explicam principal dificuldade do Baeta, eliminado do Módulo II

Empate em 0 a 0 com o Villa Nova em casa tirou as chances de acesso do Tupynambás


Por Bruno Kaehler

27/09/2021 às 17h26

O empate em 0 a 0 com o Villa Nova no último sábado (25), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, pela quinta rodada do quadrangular final do Módulo II do Campeonato Mineiro, deu fim às chances de acesso do Tupynambás para a primeira divisão estadual. Com apenas 3 pontos somados, o Baeta, lanterna, tem apenas mais um compromisso e já não pode alcançar a segunda colocação.

Mesmo em jogos em que criou muitas chances, Baeta pecou na qualidade das finalizações no Módulo II (Foto: Guilherme Pannain/Assessoria P2)

E o adeus ao sonho do retorno à elite pode ser justificado em uma estatística específica: a do baixo aproveitamento na produção ofensiva da equipe comandada pelo técnico Gustavo Brancão. No quadrangular final, em cinco jogos disputados, o Leão do Poço Rico marcou apenas um gol, e fora de casa. Nos três compromissos em Juiz de Fora, o Tupynambás ouviu o apito final com o 0 a 0 no placar.

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Os problemas ofensivos, no entanto, não surgiram na segunda fase do Módulo II. Já na etapa classificatória, de pontos corridos, o Baeta marcou apenas seis gols em dez partidas, sem contar o duelo vencido por W.O. contra o Serranense, assim como os três tentos computados de forma automática pelo regulamento.

O técnico Brancão admitiu à Tribuna, em mais de uma oportunidade, a preocupação com o ataque, que seria alvo principal dos trabalhos no dia a dia. Antes do quadrangular, inclusive, além do treinador ter dito que esperava “maior capricho na última bola e nas finalizações”, a diretoria trouxe quatro novas peças do meio-campo para o ataque, que acabaram não conseguindo mudar os números juiz-foranos. Durante entrevista recente à reportagem, Brancão afirmou que vinha mudando, nos treinos e, depois, nas partidas, os atletas utilizados desde o início dos jogos e a forma de transição para buscar uma solução.

Defesa sustenta campanha

Ao passo que os atacantes pouco balançaram as redes, o sistema defensivo marcou a principal qualidade do Baeta na competição. Em 15 jogos realizados – sem contar, novamente, o do W.O -, o Leão do Poço Rico sofreu somente sete tentos, média inferior à de um gol a cada dois confrontos. A eficiência no setor levou o time ao quadrangular final, com apenas duas derrotas em dez rodadas. Na fase decisiva, a equipe teve sua defesa vazada apenas três vezes, mantendo o bom desempenho da fase anterior. No entanto, o excesso de empates, pela falta de gols pró, acabou eliminando o último time de Juiz de Fora na competição.

No próximo sábado (2), o Baeta vai até Muriaé encarar o NAC em compromisso da última rodada da competição, às 15h, para cumprir tabela.

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