Lutador de JF disputa WAR, evento nacional de muay thai

Das arquibancadas para o ringue, o lutador Dalmo Sorrentino (Team Kampfer/TFF/MGT), do Bairro Santa Cruz, Zona Norte de Juiz de Fora, teve um passo importante em seu sonho adiado pela pandemia em 2020, mas não findado em seus planos. Após sua participação ser suspensa no WAR Muay Thai Fight, importante torneio nacional da modalidade, em função das restrições impostas por protocolos de combate à Covid-19, o atleta de 23 anos confirmou presença na nova edição, realizada neste domingo (30), em São Paulo, e em um dos três principais combates do evento. Ele irá encarar o catarinense Rafael Sartor no card profissional, na categoria 70kg, com lutas a partir das 10h.

“Já fui nesse evento para assisti-lo, mas é a primeira oportunidade de lutar. Eu iria participar de uma edição no ano passado, mas infelizmente ocorreu de fechar tudo”, recorda Dalmo, natural de Pouso Alegre (MG), mas radicado em JF há mais de uma década. “Participar do WAR é, primeiramente, o início de um sonho que eu tenho desde que comecei a lutar muay thai. Acredito que seja o sonho de todo atleta lutar nesses eventos antes de sair do Brasil”, destaca.

O lutador local possui cartel profissional de nove lutas, com oito vitórias e um empate. No registro amador, ele acumula 22 sucessos e apenas cinco derrotas. Pela frente, Dalmo terá um adversário mais experiente, com lutas internacionais. Nada que diminua sua confiança. “Meu oponente é um atleta muito bom. Ele tem títulos na Tailândia e muitas lutas importantes aqui no Brasil, porém isso nunca me intimidou, apenas me sinto melhor preparado. Sei que vai ser uma luta dura, mas vou nocauteá-lo. Sem querer ser pretencioso, mas é o que planejo”, relata.

O WAR é uma das competições mais cobiçadas por lutadores amadores e profissionais de muay thai no país. Segundo Ricardo Pereira, organizador do Desafio Jab Direto, outro torneio popular no meio das artes marciais, o WAR hoje “é um dos eventos mais disputados do Brasil, em que todos os atletas querem lutar e que pode atingir, em breve, a Europa, trazendo atletas de fora. Os participantes se destacam no cenário do muay thai porque têm uma visibilidade fora do normal.”

Dalmo tem finalizado sua preparação em Santo André, no interior de São Paulo, com especialistas no muay thai. “Aqui consigo treinar com o líder do Team Kampfer, o Davidson, e também fazer camp com o treinador Ricardo Rato, da equipe Monster Gold Team”, reforça, diante dos obstáculos ampliados por conta da pandemia. “Dificulta não só o treinamento, como o apoio dos patrocínios. Muitas empresas estão cortando gastos e nós, atletas, somos os primeiros atingidos”, lamenta.