Ex-Flu e Cruzeiro, juiz-forano do Vitória busca disputar a Série B do Brasileiro

Lateral Israel Lima tenta ganhar espaço no novo clube e encara responsabilidade pela valorização com segurança: ‘Gosto de ser referência’


Por Bruno Kaehler

26/03/2021 às 07h00- Atualizada 26/03/2021 às 12h55

Aos 19 anos, um talento que gerou o interesse do Vitória (BA) e alimentou os sonhos do lateral-direito Israel Lima, que firmou vínculo com a equipe nordestina em janeiro deste ano. Mais que isso, elevou a segurança do jovem juiz-forano de que está no caminho certo para conquistar seu sonho de seguir carreira profissional no futebol.

“Meu contrato vai até o final de 2023. É uma responsabilidade enorme, sem dúvidas, mas fico feliz pela valorização do meu trabalho, pois só Deus e eu sabemos o quanto me esforço e mereço esse reconhecimento que está sendo dado”, enfatiza o atleta que, à Tribuna, também encara a oportunidade com otimismo. “É o que diferencia os grandes jogadores. Gosto de ser referência na minha cidade, para os meus amigos e familiares”, destaca.

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Israel, à direita, tem realizado treinamentos pelo Vitória enquanto as competições de base não começam por conta da pandemia (Foto: Arquivo pessoal)

O Vitória, aliás, não é o primeiro grande clube da carreira de Israel nas divisões de base. De origem na Zona Norte de Juiz de Fora, com passagens no município pelos tradicionais Bonsucesso e São Bernardo, ele defendeu o Fluminense por quase seis temporadas e, no ano passado, vestiu a camisa do Cruzeiro, onde ficou cerca de sete meses. “Foi um período curto, mas de muito trabalho e evolução com a disputa do Campeonato Brasileiro sub-20”, recorda.

Decisões por sonho e Série B

Foi justamente da competição nacional sub-20 que partiu a primeira sondagem do Leão ao juiz-forano. “Foi uma negociação demorada, que começou no final do ano passado e durou cerca de dois meses. Estávamos no meio da competição no Cruzeiro, então meu empresário, Bruno Albuquerque, foi quem ficou à frente de tudo.”

Apesar da valorização, não foi simples bater o martelo sobre a troca de camisas, sobretudo pela maior distância de JF. “Foi muito difícil tomar essa decisão de me mudar para um clube longe de casa. Mas o meu objetivo, desde garoto, é me tornar um jogador profissional de futebol e vejo uma oportunidade única aqui no Vitória de subir para a equipe principal, pelas necessidades e o momento que o clube tem vivido. Isso foi a minha maior motivação”, conta o jovem que integra, atualmente, o grupo sub-20 e sub-23 da equipe rubro-negra, mas que já chegou a treinar pelos adultos.

“Fui muito bem recebido pela comissão e pelos atletas que já estavam no elenco. Isso ajudou muito e já me sinto em casa. Me proporcionaram tudo de melhor tanto em campo quanto fora dele. No momento, estou em um apartamento e, pra ajudar nessa minha chegada, também trouxe minha mãe e namorada”, relata Israel, que tem se sentido seguro também em relação às medidas de combate à pandemia seguidas pelo Vitória em meio à pré-temporada. “Estamos fazendo trabalhos táticos e físicos, ainda sem a previsão de competições por conta da Covid-19. Mas todas as medidas para a prevenção do coronavírus estão sendo tomadas semanalmente”, garante.

Na torcida pela melhoria do quadro epidemiológico em todo o país, Israel segue focado em busca, sobretudo, de dois objetivos na temporada. “Quero disputar a Série B do Campeonato Brasileiro pelo Vitória e ajudar o clube no acesso à Série A, automaticamente chegando aos profissionais.”

 

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*Errata: A Tribuna havia informado que a multa rescisória de Israel junto ao Vitória era de 35 milhões de euros, cerca de R$ 232 milhões na cotação desta quinta-feira (25). No entanto, a assessoria do jogador afirmou que houve uma confusão do atleta ao destacar os valores, sem informar quais as cifras reais do vínculo até o momento. 

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