Com retorno de Caça-Rato, Tupi visita o Vila Nova para deixar de olhar para baixo na tabela
Vídeos, treinos táticos, conversas e muitas broncas no vestiário e em campo. A semana do Tupi, capitaneada pelo técnico carijó Ailton Ferraz, foi marcada por análises e tentativas práticas de antídotos contra as qualidades do Vila Nova, adversário do Tupi neste domingo (26), às 16h, em Nova Lima. Além da equipe com atletas experientes e que fizeram parte da campanha do acesso alvinegro à Série B, como o lateral-esquerdo Bruno Ré e o atacante Felipe Augusto, o campo, pequeno, também é desafio do time juiz-forano na partida da nona rodada do Estadual.
“Todo mundo diz que é pequeno, mas acho que deveriam padronizar os campos. O importante é ter consciência do que o adversário faz. Procuramos trabalhar as bolas paradas, inversão de jogadas, tudo antes de começar o coletivo dirigido. Mostramos vídeo em que os atletas viram os perigos da equipe deles, como nas ligações diretas, então estamos trabalhando para neutralizar. O mais importante, porém, é jogar. Não podemos ter o primeiro tempo que fizemos (contra o Democrata-GV). Esse jogo é de seis pontos, sabemos que não podemos perder”, destaca Ailton.
Oitavo lugar na tabela, o Galo está com apenas um ponto a mais que o Vila Nova. O equilíbrio na tabela entre as equipes que ainda se encontram mais próximas da zona de rebaixamento do que do G4 explica a valorização do evento feita por Ailton. “Se ganharmos, nos livramos da possibilidade de queda. O importante é não perder. Vamos jogar para vencer, mas é vital pontuar”, reitera o técnico. Se o Carijó vive momento crescente na competição, o adversário acaba de contratar Ito Roque para o comando técnico após demitir o ex-Tupi Leston Júnior.
Outra mudança
Além da troca de cenário na competição, o Tupi terá alteração no sistema ofensivo. Flávio Caça-Rato volta ao time titular, levando o volante Bonilha para a relação de suplentes, e deixando o Carijó com mais homens próximos ao gol do Vila Nova, e a dupla Leandro Ferreira e Marcel na marcação à frente da zaga. “O trio de volantes infelizmente não funcionou, porque deixaram de sair para jogar. Quando atuamos com dois volantes de lado, gosto que saiam, e isso ficou restrito e embolado. Demos espaço. Resolvemos fazer uma pequena mudança e, a meu ver, deu certo. O grau de dificuldade será alto. O Caça-Rato é uma referência, prende a bola, e o Pato movimenta um pouco mais. Espero que a gente possa repetir um segundo tempo melhor do que fizemos com o Democrata-GV”, aposta Ailton.
O provável Tupi tem Paulo Henrique; Lucas, Elivélton, Edmário e Bruno Santos; Marcel e Leandro Ferreira; Ruan Teles, Jajá e Matheus Pato; Flávio Caça-Rato.