Após mais de 17h de prova, triatleta conquista o 3º lugar no Capixaba de Ferro

Ana Bermudes, de São João Nepomuceno, nadou 3,8km, pedalou 180km e correu 42km em Guarapari (ES)


Por Bruno Kaehler

24/08/2021 às 18h52

Até os 27 anos, Ana Bermudes sequer sabia andar de bicicleta; agora, festeja troféu conquistado em Guarapari (Foto: Arquivo Pessoal)

No último domingo (22), a triatleta Ana Bermudes, 32 anos, da equipe MFT, conquistou o troféu de terceira colocada geral na disputa feminina do Capixaba de Ferro, prova que integra o calendário nacional do triathlon há seis temporadas, e que foi realizada mediante o cumprimento dos protocolos e decretos de segurança sanitária por conta da pandemia, em Guarapari (ES). Natural de São João Nepomuceno, ela nadou 3,8km, pedalou 180km e correu mais 42km em um total de 17h25min33seg.

“Encarar o desafio da prova Capixaba de Ferro foi incrível. Além do fato da prova em si ser extremamente desafiadora e as condições climáticas da região serem duras, ser umas das cinco mulheres inscritas entre 103 homens fez com que eu me sentisse muito corajosa e com o desejo de representar a força feminina. Foram 17 horas de prova e a maior dificuldade certamente é a cabeça. Em provas como essa, a resiliência sobrepõe o treinamento. Além dos treinos, é essencial ter uma mente forte para não desistir perante as dificuldades que certamente acontecem durante o percurso”, conta Ana.

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Diante de quase um dia inteiro competindo nos diferentes ambientes pela região da Praia da Bacutia, com fortes ventos, mar agitado e sobre forte calor, a atleta tentou contar um pouco da alegria sentida ao completar o desafio. “Cruzar o pórtico é uma sensação indescritível. É a consagração do dever cumprido. Fiquei 17h mentalizando aquele momento e não tem como segurar a emoção. Fiquei muito feliz por poder compor o pódio ao lado das outras duas mulheres fortes, infelizmente as demais desistiram da prova”, relata.

Esporte aos 27
E se engana quem pensa que a trajetória de Ana no esporte começou ainda em sua infância ou adolescência para suportar tamanha demanda física. “Na verdade não sei definir há quanto tempo sou triatleta, pois foi algo que aconteceu em fases. Primeiro troquei o sedentarismo por alguns trotes tímidos. Não sabia andar de bicicleta e aos 27 anos comprei a primeira bike. Depois, encarei o medo do mar e comecei a nadar. Foi um processo”, revela a jornalista e atleta amadora, que divide seu tempo entre o trabalho em regime de home office e a planilha de treinos diários tanto em São João Nepomuceno quanto em Juiz de Fora.

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