Último clássico juiz-forano na elite mineira completa 30 anos

Em 24 de abril de 1988, Sport e Tupi se enfrentavam para mais de 4 mil pessoas no Procópio Teixeira, com triunfo carijó


Por Bruno Kaehler

24/04/2018 às 07h57

Reprodução de página da Revista Placar mostra as equipes de Tupi (à esquerda) e Sport antes da disputa do Mineiro em 1988. (Foto: Reprodução/Revista Placar)

O acesso à primeira divisão mineira do Tupynambás reacende a memória na extensa história do futebol profissional juiz-forano, não apenas com vitórias e partidas equilibradas de Sport e Tupi sobre clubes de Belo Horizonte (MG), como os clássicos municipais testemunhados por milhares de torcedores do Leão, do Periquito e do Galo Carijó. O último confronto juiz-forano na primeira divisão do Campeonato Mineiro, aliás, completa nesta terça (24) 30 anos. Em 24 de abril de 1988, o Tupi batia o Sport no campo do rival por 1 a 0 para um público de 4.800 pagantes, segundo notícia da Tribuna de Minas à época.

Do lado alvinegro, Piorra era o comandante técnico, com o investimento do presidente Maurício Baptista Oliveira, como relembrou o ex-jogador e dirigente do Tupi, Danilo Batista. “Foi o jogo de volta entre as equipes na primeira divisão. O primeiro foi 0 a 0 em Santa Terezinha. Me lembro que a torcida do Sport levou uma fumaça verde e branca, esses jogos sempre tinham as arquibancadas cheias, paravam a cidade. A semana era diferente quando tinha clássico”, rememora antes de elencar os atletas em campo na ocasião.
“O Tupi não teve muitos problemas com o comando do Maurício (Baptista). E trouxe grandes jogadores, tinha um timaço com Evaldo, o zagueiro Gomes, ainda veio um pessoal de São Paulo, tinha o Almir. E eles contavam com o Luisão, que foi artilheiro do Mineiro pelo Sport e jogou pelo Tupi”, lembra.

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O Periquito, por sua vez, era comandado pelo técnico Geraldo Magela e pelo presidente José Simão. O jornalista Márcio Guerra destaca que foi um período muito bom de se viver na cidade como jornalista ou torcedor. “Tínhamos a cobertura de todos os clubes, e a rivalidade era muito importante, retomada com a ascensão do Tupynambás. Fazia com que tivéssemos sempre a perspectiva de muita emoção pela representatividade de Juiz de Fora, muito mais expressiva no futebol mineiro e que conseguia brigar mais na Federação.”

O resultado em campo, contudo, não foi o esperado, sobretudo na última rodada, com partidas no dia 19 de junho de 1988. “O Sport lutou muito contra o rebaixamento. Na reta final, o clube precisava de uma vitória simples ou um empate do Tupi em qualquer um dos dois jogos que restavam, o que não aconteceu. Lembro que na última rodada o Tupi jogava contra o Nacional de Uberaba no Salles Oliveira, e o Sport recebia o Valeriodoce. O Tupi acabou perdendo por 1 a 0, mesmo placar que o Valério aplicou. São recordações boas pelo lado profissional, pelo sonho de ver o futebol juiz-forano com os três times na primeira divisão, mas triste pelo rebaixamento”, avalia o jornalista. O Tupi terminaria a competição em 10º lugar, com o Sport na penúltima posição.

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