Alexandre Barroso fala em “sentimento de vergonha” após sofrer goleada
Técnico lamenta “passividade” carijó na derrota por 5×2 contra o Uberlândia e cita mudança de postura como maior preocupação para enfrentar o América
“Saímos com um profundo sentimento de vergonha pela maneira que nós jogamos.” A insatisfação do técnico do Tupi, Alexandre Barroso, após a goleada de 5 a 2 sofrida no último sábado (20), para o Uberlândia, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, virou preocupação já para esta quarta-feira (24). Às 19h30, o Tupi tem novo desafio pelo Campeonato Mineiro. Na Arena Independência, em Belo Horizonte, o Galo, lanterna e sem pontos, visita o América, invicto no torneio após duas rodadas, com uma vitória e um empate.
“Uma equipe que toma um gol com um minuto de jogo e, aos 12, reage fazendo 2 a 1, não pode sentir a adversidade. Sentimos muito o empate no primeiro tempo. Um time que toma quatro gols em um espaço tão curto de tempo, em sequência, de forma muito passiva… isso não tem nada a ver com a parte estrutural, física, técnica ou tática. Houve um apagão e não podemos aceitar. Deve ser avaliado com profundidade pela comissão técnica porque não pode acontecer novamente”, garante Barroso.
Além da fragilidade psicológica citada pelo treinador, a deficitária marcação nos flancos leva o comandante a maior apreensão para o duelo com o Coelho. “Não temos tempo para treinos, segunda (ontem) terminamos a recuperação, e terça há um treino e viagem. Precisamos definir a maneira de jogar com o América, posicionamentos, só que mais do que isso é a postura. Se não mudar, não vamos para frente. Cedemos espaços, aceitamos passivamente a maneira como o Uberlândia articulava pelos lados e conseguiram os gols. Me deixa preocupado a abrupta queda de rendimento neste setor de um jogo para o outro”, critica o técnico.
O Carijó possui atividade na manhã desta terça, a partir das 9h, no Estádio Municipal. Após o exercício há programação de viagem para a capital mineira.
A exceção
Um dos poucos atletas aprovados pelo torcedor após a derrota foi o centroavante Reis. O atleta, nascido em Juiz de Fora e estreante da tarde, anotou belo tento ao girar sobre o zagueiro e iniciar a reação carijó na etapa inicial. Apesar da tristeza com a atuação coletiva, Barroso elogiou o atleta citar que “é um jogador de área, de capacidade muito interessante de fazer o pivô e articular com os homens que vêm de trás. Deu movimentação ao ataque e um ponto de referência para nós. Dentro das circunstâncias da partida fez um bom jogo. Mas no segundo tempo atuou muito isolado, faltou encostarem. Mas foi uma grande aquisição do clube”, opinou.