A primeira de quatro finais da série C

Na reestreia do técnico Aílton Ferraz, o vice-lanterna Tupi visita o Luverdense (MT) às 17h por mudanças de atitude e, consequentemente, na tabela


Por Bruno Kaehler

22/07/2018 às 07h00

Para a sequência de jogos do Carijó, que pode ser a última na temporada, o técnico Aílton Ferraz foi contratado, e equipe encara os próximos quatro jogos como se fossem decisões de campeonato (Foto: Olavo Prazeres)

 

Hoje e nos próximos três fins de semana, o Tupi vai a campo em quatro decisões de campeonato. Pode não valer troféu, mas este é o espírito carijó, que luta contra o rebaixamento à Série D do Campeonato Brasileiro na reta final da fase classificatória da terceira divisão nacional. O primeiro dos quatro desafios ocorre neste domingo (22), em Lucas do Rio Verde (MT), no Passo das Emas, às 17h, pela 15ª rodada da competição. O Galo é o penúltimo colocado na tabela com 14 pontos, a apenas um do Luverdense, sétimo lugar.

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Para a sequência de jogos do Carijó, que pode ser a última na temporada, o técnico Aílton Ferraz foi contratado. O comandante reestreia pelo Alvinegro de Santa Terezinha após auxiliar na fuga do descenso do Estadual em 2017 e quase levar o time à Série B, eliminado nas quartas de final pelo Fortaleza. Nas duas temporadas, mas em momentos distintos, o goleiro Vilar projetou o futuro do Galo sob novo comando.

“O Aílton é um cara que irá nos motivar, é um profissional que todos conhecem e acredito que vai nos ajudar. É um momento diferente que ele chega, precisamos estar bastante focados, temos quatro finais pela frente, adversários diretos, e é dessa forma que temos que trabalhar”, opina o goleiro.

Pela mudança de atitude e maior entrega pedida pelos atletas e torcedores, o volante juiz-forano Marcel revelou conversa curiosa de Aílton. “Ele falou a verdade. Hoje, os jogadores da Série C são operários do futebol. Os grandões estão fora do Brasil, na Série A. Nós somos operários do futebol. E ele mostrou que, se na Série A e na Europa os jogadores aguentam atacar e voltar para defender com a mesma força, a gente, que é operário, tem que fazer o dobro disso. O grupo vai abraçar a causa e tirar o Tupi da zona de rebaixamento”, relata.

Apesar do aspecto motivacional ter sido reiterado na chegada do treinador, o Tupi já deve ter as primeiras mudanças feitas por Aílton também em âmbito tático. Caso repita a equipe que treinou na última quinta-feira (19), o Galo entrará em campo com três zagueiros e o retorno de Reis como referência no ataque. A provável formação tem Vilar; Diogo, Sidimar e Mateus; Afonso, Marcel, Leo Salino, João Willian e Wellington Barbosa; Paulinho e Reis.

“O que eu mais cobro é a organização da equipe, sangue nos olhos e a tomada de decisão. Já fizemos trabalhos voltados para cruzamentos, porque eles têm um time alto e devem explorar a bola aérea e o posicionamento da zaga. Tudo isso vamos avaliando, com trabalho de transição no estádio. Vamos chegar com um pouquinho daquilo que eu gosto de jogar porque eles vão entender rápido. Não tem como pensar em outra coisa que não seja a melhora”, explica Aílton.

Cenário alvinegro

Apenas dois pontos separam o Tupi, nono, do Volta Redonda (RJ), quinto colocado. Ainda lutam contra o rebaixamento o Ypiranga (RS), com 16 pontos, o Luverdense (MT) e o Tombense (MG), de 15 somados, e o Joinville, lanterna com apenas 10 pontos, quatro a menos que o Galo. Após o duelo em Lucas do Rio Verde, o Galo seguirá com foco nos adversários diretos e terá duas partidas no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio consecutivas, contra Joinville e Voltaço. Fechando a primeira fase, o Ypiranga é o último oponente, no Sul. Datas e horários destas partidas ainda serão confirmados pela CBF.

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